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terça-feira, 20 de abril de 2010

After Summer, comes Autumn.



Sim, eu errei. Errei em não te dizer o quanto você foi importante. Por não saber demonstrar o quanto eu precisava de você aqui. Do meu lado, nem que seja só pra ficar te olhando. Por falar muita bobagem na hora errada. Não te abracei quando você precisou e nem retornei a sua ligação quando sabia que o que você mais queria era ouvir a minha voz. Não fui te encontrar quando você queria me ver. Me distanciei quando você se aproximava. Esnobava. Evitava. Calava. Chorava. Falha minha? Ou culpa de todo esse medo? O maldito medo de errar. Desistir foi melhor? Talvez pra você. Não pra mim. Seria injusto eu dizer que você está enganado. E como seria... Mas eu fui sincera. Em cada (pouca) palavra que eu disse. Em cada abraço que eu te dei. Em cada beijo que eu roubei. A cada sorriso involuntário. A cada linha que eu escrevia. A cada alô que eu te dava. Fui precipitada. Queria ter o mundo todo pra mim, e esqueci de me doar. De ser feliz. De fazer você feliz. Algo que eu sei que faria muito bem. Mas não pude. Ou eu não quis. Ou era pra ser assim. Ou eu não sei de nada. Na verdade, sei até de muita coisa. Mas agora nada diz respeito a nós. Eu não vou mentir. Você faz falta. Agora sou eu que desejo ter tudo de volta, e não posso. Você me evita. Te faço mal. Engraçado como era diferente, como nos davamos bem... Destino? Se for algo que eu possa remediar, me avise como! Eu sei, é tarde demais. Me libertar de tudo isso é dificil. Pra você pode parecer capricho. E talvez no fundo, você possa rir. Nada mais justo. Sei que hoje seria tudo diferente. Mas o tempo não pára e a gente passa junto... Depois de um ano sei o quanto mudamos e talvez, logo eu aprenda que eu não posso voltar atras e trazer você pra mim.

Ando sempre em frente.

Olhando pro passado e tentando ouvir seus passos em minha direção...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Abra a mão, solte...


Pratique o desapego
por Fernando Pessoa


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.



ponto final.
nova página, paragrafo, letra maiúscula.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vai ver é assim mesmo




- Acho tudo isso tão estranho.
- Isso o que?
- O fato de tudo ter acontecido tão rápido, e eu relembrar como se fossem anos...
- Talvez você não "relembre" e sim, crie.
- Por que acha isso?
- É só a minha opinião. Posso estar errado.
- Mas talvez não esteja.
- (...)
- Está me ouvindo?
- Estou.
- Por que ficou calado?
- Não sei o que te dizer.
- Eu não sei porque insisto tanto ainda...
- Insiste em mim, você quer dizer?
- Em nós.
- Acho que nunca existiu um nós.
- (...)
- Desculpa a sinceridade.
- Acho que todas as vezes que eu te liguei, era isso que eu queria ouvir.
- Queria?
- É. Eu dou meus próprios conselhos e sei qual é o caminho a seguir. Mas preciso ouvir de outra pessoa.
- Mas por que de mim?
- Você é a minha única certeza.
- Como você consegue ser assim comigo?
- Assim como?
- Eu não quero. Entende isso.
- Tudo isso é um troco?
- Não.
- Então tudo desapareceu de uma hora pra outra?
- Nunca existiu nada.
- Você está tão convicto de tudo, que parece que eu inventei toda essa estória.
- Eu demorei muito tempo pra me curar de você.
- Então quer dizer que você me apagou de tudo?
- Não. Só da minha vida.
- Eu não quero que...
- Você deveria fazer o mesmo.
- Obrigada.
- Pelo que?
- Por tudo.
- Tudo?
- Você jamais entenderia...
- Preciso desligar.
- Pelo menos você atendeu dessa vez.
- Boa noite, se cuida.
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Escutei tua voz ao fundo mandando me dizer que não estava, e me senti um idiota porque sei que, como sempre vou tornar a te ligar... só pra ouvir a tua voz doce me falar: Que talvez amanhã pode ser, e que ligue outro dia pra você... Como pude ficar tão vulnerável... E tão inseguro em tuas mãos? Caminhando com medo de que o chão suma de mim sem dizer porquê... Mas toda vez que você está perto de mim, Eu esqueço tudo te olhando sorrir, E tudo soa como música até a hora em que você me beija no rosto, E outro adeus me diz... Tento me dizer que talvez seja melhor assim, E que talvez teu mundo não tenha lugar pra mim. Já perdi as contas de quantas noites passei dirigindo sem sentido, Pensando em te dizer... Que morri e que não precisa se preocupar porque nunca mais vou rastejar por estar perto de ti. Me diz o que você quer de mim. Me diz porque tem que ser assim...e porque me deixou um recado pedindo pra não sumir...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A agonia da falta de não ter



Meu passado é tudo o que não consegui ser. E muitas vezes, nem os momentos mais saudosos me fazem voltar. O que sente, exige o momento. O passado a gente não apaga, a gente rabisca.

"Ás vezes precisamos estar no futuro, para descobrimos o quanto éramos felizes no passado."
João Janduí



terça-feira, 6 de abril de 2010

Déjà Vu

Loucura enlouquecedora doma a mente – Afeta.
Grito silencioso rasgando por inteira – Cega.
Vento corta a pele – Queda.
Ela pensa pelo avesso – Sucumbi.
Fala até mesmo quando se cala – Mente.
Fala pelos póros, pelos olhos, orelhas e ouvidos – Chora.
Geme pelo pescoço e grita pelos ombros – Pega.
Silêncio, escuro, sombra - Quieta.
 

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