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terça-feira, 21 de junho de 2011

Faça sua raiva derrubar os muros

Eu sou assim mesmo. Ora frio, ora quente. Não consigo manter a mesma aparencia. Mas há tempos falta alguma coisa, ou será que eu me deixei levar? Não acredito em deus, em fé, em religião, em macumba, ou qualquer outra "divindade". Gosto de Dance Of Days, de Rancore. Ouço, meu coração aperta e eu choro na fila do supermercado... Não tenho vergonha de quem sou. Mesmo que sempre tenha alguém infeliz com as maneiras de como as coisas vão indo.


Já mudei tantas coisas em mim, venho me adaptando a mim mesma, há mais de dois anos. Confesso que não achei que seria tão difícil... Manias, gestos, palavras. E tudo isso pra quê? Para uma pessoa, que talvez - lê-se com certeza - não mereça. De todos os risos, o que mais esbocei foram lágrimas. De toda felicidade prometida, o que mais meu coração sentiu foi dor, raiva, angústia, tristeza. E como sentir um turbilhão dentro de você mesmo e sequer poder colocar pra fora? "Talvez seja mais peso do que eu possa suportar em qualquer lugar, tentando fingir que não sou eu" - E eu não quero mais carregar o mundo todo em minhas costas.

Eu estou cansada de me sentir cansada. Vejo que por mais que eu tente, as coisas/pessoas não mudarão. A minha dor serve de espetáculo pra muita gente, e esse sorriso que eu carrego é simbolismo de deboche. Eu não vou mais me importar, do mesmo jeito que eu consegui colocar certas coisas nos eixos, eu vou abortar o trem. Não há mais força, não há mais sorriso que se prenda ao meu rosto. Não consigo mais ter peito pra enfrentar toda essa dor gratuita que eu venho sofrendo, essas balas de vitória atiradas sobre mim, a fim de me derrubar, eu sou forte o bastante pra entregar os pontos. É isso que as pessoas querem de mim, ver a minha dor escancarada, vomitada por mim, no meio de todos pra que possam lembrar e encher a boca pra falar o quanto eu errei, o quanto lindo foi o meu fracasso.


Podem me prender, me crucifiquem. Venham, venham todos! O show vai começar! Coloquem a coroa de espinhos, perfurem minhas mãos com pregos! Venham, venham!

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