A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente,
Não quer aquilo que não pode escolher"
E todo dia eu o vejo. Lindo, barbudo e com cara de mau. Sou a Chapeuzinho Vermelho; ele, o Lobo. É algo inatingível, inimaginável, impossível. Mas sempre foi assim. Eu posso ter o mundo nas minhas mãos, mas nunca é o bastante... Eu gosto do difícil, da dor, das lágrimas. Eu quero aquilo o que eu não posso ter, eu sou a coluna cervical do Jack. Vou sofrer, não vou mexer um dedo sequer. Não vou foder com a vida de ninguém, a minha já é o bastante. Vou me arrepender, quebrar corações e perder peças.
Mas é assim mesmo. Sempre foi assim, desde que eu aprendi o que é não poder ter algo - no caso, alguém - e saber que a culpa (existe isso?) foi minha. Sempre foi. Sempre é. Sempre será.
A vida é feita de escolhas, George Boy.
O tempo não pára, o mundo não gira no sentido anti-horário. Deus não existe. Você não é um belo e único floco de neve. PARE DE TENTAR SER PERFEITO.
Fazia tempo que eu não me sentia assim. Fazia tempo que eu não mostrava que eu sou assim. Eu sou o sangue derramado do Jack. Eu sou inflamada, sou esquerda, sou singular, sou quem eu quero ser. Menos quem você deseja que eu seja.
"No fim de semana quando ela sai, ela procura coisas novas
Novas drogas, novos homens, pra tentar se fazer sentir
E quando já é de manhã, e ela volta pra casaNovas drogas, novos homens, pra tentar se fazer sentir
Não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir
Então ela chora, chora e tenta entender o que acontece,
Mas Madalena não entende..."