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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Não ultrapasse a faixa


Continuo me policiando. De um lado pro outro, revirando na cama enquanto ouço aquela música em pensamento. Me vêem as lembranças e eu as devoro, rasgo-as com tanta força que pareço um animal selvagem. Sorrio, sinto o mesmo calor no pescoço e frio na barriga. Lembro do seu olhar, da expressão de timidez e do meu sorriso de lado, com a garganta engasgada de palavras pra te dizer, mas engulo todas. Não preciso falar nada, você já me entendeu.
Adormeço. 
Sonho e durmo.
Tudo o que eu penso é que preciso ter cautela. 
Não quero tropeçar nas próprias pernas outra vez. 
Essa sensação de felicidade chega a me assustar, agora eu que digo: Não estou acostumada!
Você parece que sabe onde me tocar e o que falar. E eu sempre tão atrapalhada. Me sinto como num sonho, mas sei que agora é hora de realiza-los. Devagar e sempre, o lema é esse.
A verdade é que eu não espero nada de você. Não imagino nem desejo nada de nós.
Eu anseio pelo agora, por aquele momento em que você estará aqui, em torno de mim, em silêncio.
Seja como a pessoa que sempre foi, ou como àquele alguém que ainda não é.
Tenho pressa de hoje.
Você é o mesmo. De todas as suas variadas formas.

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem...

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