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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bullying Musical

Como todos sabem, está rolando a quarta edição do Rock in Rio - e nesse caso, no Rio mesmo - e por infelicidade, eu não fui (e nem vou) em nenhum dos sete dias de atrações. Mas ok, não é disso que vou falar hoje.
O Rock in Rio não é necessariamente - como diz o nome - apenas rock. Este ano, o festival está mais eclético do que nunca. Fato que na minha humilde opinião, é super digno, afim de que possa agradar gregos e troianos; até porque eu não acho que o Brasil tenha público suficiente para sete dias de apenas rock.
Os ingressos foram esgotados praticamente um mês antes do início do festival, 100 mil pessoas confirmadas por dia, com atrações para todos os gostos e idades. Confesso, não sou adepta de gastar um dinheiro que eu não tenho para ver um show, mas ao assistir os três primeiros dias, com certeza teria valido a pena.

Mas de fato o que mais me chamou a atenção, foi o comportamento das pessoas nas redes sociais durante a transmissão do evento. Vocês sabem, estamos em 2011, a Internet faz papel de televisão, rádio e megafone de pessoas sem voz na real life.
Eu me descrevo como uma pessoa muito observadora. Com isso eu penso muito, me afasto cada vez mais de todo mundo e devo ser taxada de maluca anti-social pelas costas, anyway, isso me traz consequencias positivas - por que não? - que precisam ser ditas:
• Eu não conheço algumas bandas que se apresentaram, por isso não tenho calibre pra criticar qualquer apresentação feita;
• Provavelmente ninguém conhece todas as bandas pra fazer isso;
• Cada um tem um gosto e isso não deve ser criticado;
• Vai num show de verdade e você terá argumento para analisar um evento desse porte;

Ontem teve um dos shows mais empolgantes, que foi da banda norte-americana Slipknot. Os caras com máscaras aterrorizantes e um som heavy metal, fizeram o público delirar e cantar em um único coro todas as músicas. Alguns integrantes de jogaram na platéia e precisaram de auxílio dos seguranças.
Uma apresentação marcante, com fogos de artifício, fogo (de verdade!) e direito a um giro de 90 graus do baterista durante a última música.
NÃO SOU FÃ. Mas sou amante de boa música e sei apreciar quando vejo um bom show. O vocalista, Corey Taylor - que também comanda a banda Stone Sour - soube como conduzir um mosh pit e finalizou a apresentação em grande estilo.

Corey Taylor - Slipknot
Foto: Maurício Santana/Grudaemmim

Pude perceber, em meio as redes sociais que não era apenas eu que estava empolgada com o show. Os telespectadores que viam a transmissão ao vivo também se animaram. Mas como já era de se esperar, os haters também tiveram voz ativa:
• "Aff que tosco Slipkbosta, esses troxa nunca viram uma banda de verdade"
• "Fã de metal é tudo tosco, parece olodum, os cara com essas lata aí"

Em seguida, com as respostas de supostos fãs da banda, eles retrucam:
• "Ai gente, é a minha opinião"
• "Não gosto, mas respeito quem curte, de boa"
• "Não tô nem assistindo, não vou dar ibope"

Ah, vocês sabem... O respeito é bom e todo mundo gosta, né? Quem prega a ditadura musical hoje em dia? Verdadeiros apreciadores não apontam o dedo na cara de ninguém, o mundo é uma diversidade e é isso que flui.
Ter opinião própria não é derrubar o gosto alheio. Se você não conhece viver com essa diferença, como você pode respeitar o outro? É "apenas" música. Cada um ouve o que quer, veste a camisa que preferir. Felizmente a liberdade de expressão faz com que eu conclua esta publicação de forma imparcial e com minhas próprias palavras.

Mas aqui, do outro lado, tem uma cabeça pensante.

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