Pages

sábado, 29 de dezembro de 2012

Depressão comum num belo vestido

Ingênuo, engraçado e desprendido.
Alma livre e corpo preso. Sinto que já vi esse filme...
Me deixa a vontade com a mesma leveza que me leva a corar as bochechas. Caí na besteira de confessar que poucas pessoas conseguem me deixar sem graça. Mais uma exceção.
"You met me at a very strange time in my life" - lembrei. Àquela fase de final de ano, que normalmente eu penso no decorrer dos meses e tento fechar a conta, ele surge. É sempre assim, ele sempre vem pra mais um drink.
Sensação de que já estive nesse lugar. Uma outra vida choca com a minha realidade e sem perceber, estou dentro da história, sendo de novo, antagonista de um enredo que não me pertence.
Turbilhão de devaneios que fazem onda na minha cabeça... Mania de sempre achar que os dez por cento dos meus erros será alguém que não se encaixa no quebra-cabeça. 
Queria entender tamanha intensidade em relacionamentos de três semanas, e porque causam tanto estardalhaço em mim. 
E a vida segue, comigo pulando de livro em livro, fazendo participação em alguns capítulos e retornando pra estaca zero.
Afinal de contas, é sempre bom poder recomeçar.




I swear to God I could not hurt you
I've got to be inside your virtue
I can't contain my urge to search you


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Espera aí, voltando. Vou começar antes disso

Ando nostálgica.
Ando, no sentido de caminhar. Passo a passo. Um depois do outro.
As ideias e lembranças passam despercebidas, normalmente. Até eu me dar conta de que passo mais tempo recordando, do que vivendo.
Aí acontece alguma coisa. Eu fico mais feliz. Tenho um ótimo rendimento na faculdade, no trabalho e na vida pessoal. É engraçado, porque até um ano atrás, eu jamais imaginaria que tudo isso pudesse acontecer. Parece irreal contar pra alguém que estou orgulhosa comigo mesma, mas é o que está acontecendo: Estou com vergonha de dizer que estou feliz.
Feliz com o futuro que está cada vez mais presente, com o trabalho que logo completará um ano de realizações profissionais e pessoais; com o voluntariado e a confiança que recebi e transmiti, os amigos conquistados. Estou feliz com a minha família e com os domingos em que eu não abro a janela do quarto e fico só comigo. Feliz em ir pro sertanejo e beber vodca com soda e dar risada com o pessoal do hotel. 
Continuo com má sorte nos relacionamentos, mas aprendi a lidar com isso. 
Sinto que nunca estive tão realizada. 
E ninguém além de mim, sabe disso. 
Passo quase que invisível entre a vizinhança, que apenas me vê saindo pra trabalhar de vestido e tênis, e ouve o barulho das minhas chaves tarde da noite, quando volto da faculdade. Ou quando sento no vagão no trem com os meus fones de ouvido e livro de numerologia e astrologia. Fico tentando imaginar o que as pessoas pensam de mim, e a conclusão foi que elas não me percebem. Sou o carro da Mulher Maravilha. 
Peguei um final de semana pra reformar o meu quarto. Comprei as tintas e retoquei o amarelo da parede, mudei os móveis de lugar e finalmente arrumei a biblioteca. Agora só falta trocar as fotos do mural e instalar a prateleira. Deu ainda mais vontade de ter a minha própria casa. Não tenho nenhum conflito em morar com os meus pais, mas o desejo de sair daqui não é mais tão utópico assim.
Dentre os pacotes que estavam em cima do guarda roupa, estavam as pelúcias que ganhei enquanto namorava. Foram três anos que hoje me dá a impressão que nunca existiram. Os coloquei em cima do lençol recém esticado sob a cama; decidi pensar que acabei de comprá-los.
Agora, escrevendo isso como se estivesse dissertando sobre o tempo de consertos pessoais, posso deixar 2012 ir com os abraços em que dei nos treze 'orgulhinhos' que depositei toda a sorte que eu podia. O próximo vai ser recebido de casa nova, quarto amarelinho gema, incenso de alfazema queimando e exalando o aprendizado de caminhar até aqui.
A felicidade e o orgulho de ser quem sou, chegaram. Não precisei ouvir de outra pessoa, entendi que a gratidão que eu ofertei era necessária pra eu estar em paz, hoje.
Andando, nostalgicamente, voltei até o agora.

Minhas primas e eu - São Carlos/SP (1995)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Retrato sem porta

Foto por mim.
flickr.com/photos/ste_silva


Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...



Arnaldo Antunes já cantava minhas lamúrias.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O diabo sempre vem pra mais um drink

Eu ia escrever sobre você.
Sobre o fim, sobre como eu me senti tendo que desistir.
Me senti mal, mas depois fiquei bem. A única certeza é de que tudo passa.
Eu sabia que aquele não seria o último. Embora tenha sido o primeiro.


Ainda te vejo no ônibus e sinto teu cheiro aleatoriamente.
Mas preencho meus dias com alegrias avulsas.



Você precisa sumir.
Nada disso faz sentido.
Isso não estava
Nos planos,

Acho que preciso mesmo de férias.






Quando molhei os dedos pra virar a página,
Gemi,
E
Me lembrei
De
Você.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

As leituras e o amor podem prejudicar a sua saúde


Liberdade na vida é ter um amor pra se prender. 
- Carpinejar

O perigo do amor é virar amizade; o perigo do sexo é que você pode se apaixonar.
- Jabor

Eu ando lendo muito Capinejar. Adoro crônicas, sou fã declarada de Jabor, me transporto na forma que ele se expressa e de como fala leve sobre o amor.
Tamanha sutileza que me dá devaneios. Vou para longe quando leio e me sinto envolvida no enredo, passo de leitora para personagem principal, me encaixando em qualquer fenda que eu caiba, que eu possa desenhar eu e você no roteiro descrito por Fabrício ou Arnaldo... Não sei se isso me faz bem.
Estou passando por momentos difíceis, não consigo organizar minha cabeça e isso proporciona diversos flashes de tristeza que não parecem ser meus. Tudo está tão confuso, como diz a menininha: "Diz que ela precisa colocar a cabeça no lugar!" - Eu tento, menininha, eu tento.
Ao mesmo tempo a sensação de saber já tudo o que preciso se perde entre os relatos amorosos que sempre dão errado, que não duram o pra sempre prometido, que fazem Arnaldo e Fabrício rechearem folhas e mais folhas de livros que preenchem minha pratilheira que nunca ficou pronta.
Me sinto maçã podre que infecta todo o resto.
Tão deslocada do mundo real, não me sinto parte desse plano, acho que está tudo tão na cara e ao mesmo tempo tão distante, abstrato, irreal, inatingível... Não sei o que me prende, o que me faz querer colocar pra fora. Quero vomitar tudo e começar um novo dia de estômago vazio.
Até quando vou parafraseá-los numa infinita forma de amor que eu nem sei se existe? Estou deprimida, no estado terminal dessa doença dos anos 2000. Pareço que voltei no tempo e não sei pra onde ir, prefiro evitar o assunto e ocupar a cabeça com os incríveis formadores de opinião das aulas de segunda-feira. 
Eu não sei mais do que eu tô falando. Não sei se deveria ter dito algo, não sei se sinto demais ou me falta coragem pra sentir.





quinta-feira, 19 de julho de 2012

Não ultrapasse a faixa


Continuo me policiando. De um lado pro outro, revirando na cama enquanto ouço aquela música em pensamento. Me vêem as lembranças e eu as devoro, rasgo-as com tanta força que pareço um animal selvagem. Sorrio, sinto o mesmo calor no pescoço e frio na barriga. Lembro do seu olhar, da expressão de timidez e do meu sorriso de lado, com a garganta engasgada de palavras pra te dizer, mas engulo todas. Não preciso falar nada, você já me entendeu.
Adormeço. 
Sonho e durmo.
Tudo o que eu penso é que preciso ter cautela. 
Não quero tropeçar nas próprias pernas outra vez. 
Essa sensação de felicidade chega a me assustar, agora eu que digo: Não estou acostumada!
Você parece que sabe onde me tocar e o que falar. E eu sempre tão atrapalhada. Me sinto como num sonho, mas sei que agora é hora de realiza-los. Devagar e sempre, o lema é esse.
A verdade é que eu não espero nada de você. Não imagino nem desejo nada de nós.
Eu anseio pelo agora, por aquele momento em que você estará aqui, em torno de mim, em silêncio.
Seja como a pessoa que sempre foi, ou como àquele alguém que ainda não é.
Tenho pressa de hoje.
Você é o mesmo. De todas as suas variadas formas.

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Os 10 discos que eu mais ouvi em 2012

Estamos no segundo semestre do ano, portanto, vou fazer uma relação dos discos que eu mais ouvi nesses seis meses. Não necessariamente são discos lançados em 2012, mas sim que por preguiça minha, eu só os descobri agora. Com a ajuda do meu last fm, vou listar os que eu mais gosto, recomendo e estão na estante.


#10 Sua Mãe - The Very Best of the Greatest Hits


Foto: Divulgação/MTV Brasil 

Mesmo sendo suspeita pra falar (o vocalista é o Wagner Moura, sim, o Capitão Nascimento!) me identifico e admiro o som deles. É um misto de brega, rock com um ritmado do axé da Bahia. Tem algumas regravações de Reginaldo Rossi, umas músicas inéditas - como Vanessa e o Véu, single da banda - mas o toque embalado não deixa nossos pés sossegados.
Música boa para ouvir com os amigos, num churrasco rodeado de cerveja.



#9 Quarto Negro - Desconocidos

Foto: Reprodução/Capa do Cd

Com um rockzinho bom de balanço, sons graves e com um piano de arrepiar, o Quarto Negro consegue fazer com que ouçamos o cd inteiro como se fosse uma única música. 
Não fogem do estilo puxado da Europa, lugar onde gravaram este álbum e o vídeo clip abaixo:



#8 Forfun - Alegria Compartilhada

Foto: Print do clipe "Largo dos Leões"

Banda carioca que eu acompanho há bastante tempo, mas nada comparado a este álbum. A evolução espiritual descrita em música me arrepia até a alma. É lindo de ouvir. Aconselho também irem a um show... Porra, difícil sentir tanta energia positiva! Deixo vocês com o bloco do Largo dos Leões:




#7 Tulipa Ruiz - Efêmera

Foto: Divulgação

Cantora, compositora e desenhista - como ela mesmo se descreve em seu blog - Tulipa é de uma delicadeza que faz jus ao nome: Uma flor.
Uma voz serena, que transmite calma... Impossível não ouvir e lembrar daquele alguém que arranca suspiros. Um disco sereno, que dá vontade de abraçar e dançar junto.
Como veêm: é bom de ouvir juntinho...




#6 Jack's Revenge - Cold Heartbeat

Foto: Fabrício Inocêncio

Com raízes diademenses, a banda não deixa a desejar no quesito rock. Ao vivo é tão bom quanto gravado (ou seria ao contrário?) com composições firmes e cheias de ideologia, essa galera do ABC sabe bem o que está fazendo.
Ouço, acompanho e recomendo.
Sério.


#5 Rancore - Seiva

Foto: Ralph Fernandes
Depois de Yoga, Stress e Cafeína e Liberta; o Seiva mostra toda a capacidade do Rancore. Com letras que deixam sempre algo a pensar, uma força na voz que deixa qualquer roda de hardcore no chinelo.
Ousadia e forma com que conquistam amigos por onde passam, é a formula do sucesso.
Teco Martins no comando dessa banda sabe muito bem onde pisa.



#4 Red Hot Chili Peppers - I'm With You

Foto: Reprodução/Capa do Cd


A melhor banda do mundo e a minha banda predileta.
Depois da saída de John Frusciante e a entrada de Josh Klinghoffer no comando das cinco cordas; o álbum lançado em 2011 define a nova cara dos "pimentas vermelhas" - Músicas bem arranjadas, turnê na América do Norte e presença confirmada no Rock in Rio Madrid.
Bom, acho que o público presente no show diz melhor do que eu.




#3 Mallu Magalhães - Pitanga

Foto: Divulgação

Menina mulher que voltou com tudo!
Agora oficialmente esposa de Marcelo Camelo, trouxe nesse álbum toda a doçura e imposição presentes nela. Composições que mesclam o português com o inglês (marco registrado de Mallu) a criação de novos instrumentos para dar forma as músicas foi a cereja do bolo.



#2 John Frusciante - Letur-Lefr

Foto: Reprodução/Capa do Cd

Ele é Deus e pronto.
Merece ser contemplado.




#1 Shimbaus Trio - Amarelo

Foto: Stefanny Silva/Capa do EP

Banda de amigos, o trio mais simpático que eu já conheci.
O lançamento desse EP foi muito esperado por mim, confesso. Mas como já era de se esperar, não me decepcionaram.
Indie gostosinho de ouvir, embalo do bom. Coloquem no mp3, no churrasco na laje, na casa dos amigos ou no media player e confiram:



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Foi um passarinho que me contou

Que não vale a pena guardar sonhos, nem esconder sentimentos...



Julho começou, e é sempre nesse mês que nos damos conta de como o ano passou rápido.
Já estamos mais perto do Natal, Ano Novo e nascimento dos meus sobrinhos - sim, no plural! Theo e Elis estão chegando! - a soma de aprendizados que 2012 me trouxe é tão grande...
Gosto de sentir o sabor de liberdade e bondade que se espalha cada vez mais por aí. Dentre os amigos de nobres corações e a boa sensação estranha que me acompanha por algum eterno tempo, a beleza nos dias comuns que nos cerca, o céu azul e cinza, que mescla essa mistura de cores da cidade.
Quantas coisas que deveríamos prestar mais atenção, mas o jogo de futebol já havia começado...

domingo, 24 de junho de 2012

É moreno, tá tudo bem

E de repente, todo aquele mal estar desapareceu. Ele pediu pra eu explicar o que estava sentindo, e o que eu disse foi: "Acho que é amor..."
O achismo acabou aqui, no mesmo lugar de alguns meses atrás, com o mesmo cheiro de amaciante de roupa.
Uns carinhos no cabelo, unhas arranhando o braço. "Boa noite" - ele disse. "Zelo seu sono" - eu pensei.
Não falamos mais nada. Nossos corpos disseram o suficiente e meu coração o entendeu...







Tão natural quanto a luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A ponte

Quanto tempo faz?
Eu nem me lembro...
Só sei que lendo os arquivos, não faz muito tempo que tudo começou a fazer sentido dentro de mim, e hoje, mais do que nunca, eu me sinto completa. Tudo o que eu me tornei, aquilo que eu busco todos os dias, e ao fechar os olhos pra enxergar por dentro, sinto a evolução interna reinar sobre mim; dia a dia.
Detalhes da rotina que desapareceram, o que tornou a rotina algo interessante, algo novo.
Quem diria que detalhes tão pequenos, se juntos fossem embora, fariam uma diferença tão grande?
Ao meu redor tudo muda.
E eu muda, me calo.
Nunca imaginei que o silêncio fosse o maior dos gritos. Ele acompanha o olhar, que mais do que a voz, retrata, guarda e fala tudo o que se vê.
Aos meus amigos.
Que mais do que nunca se eternizam na minha história. Mesmo com tanta coisa acontecendo dentro de mim, eles permanecem, crescendo e buscando a mesma paz que eu encontro dentro de mim. Minha missão é essa, e todo dia eu alcanço uma nova meta.
Agora, o novo - ou nova - membro que está a caminho...
Tenho a felicidade de me tornar tia, agradeço a Deus pela felicidade imposta a minha irmã e todos que a cercam, inclusive a mim. Pequeno Ser que eu já amo e desejo a paz, que mesmo antes de nascer já me traz alegria.
Está tudo nos eixos. Não há do que ou por que reclamar. É tudo questão de ponto de vista, ângulo e coração.
E hoje é a única coisa que eu tenho observado em cada um: O coração.



É engraçado olhar pra trás.
Eu sou a mudança.
Eu sou a mudança.
Eu sou a mudança.
(Mantra)

terça-feira, 24 de abril de 2012

So we can start over again...

Respira, menina.
Abra os olhos devagar, olhe o céu, quantas estrelas... Ainda é noite, menina.
Sinto o perfume do corpo de quem te acompanhou noite passada; os lençois amassados, travesseiros no chão, paredes úmidas.
Repare. Ele está do seu lado. Deitado, em sono profundo, semblante calmo.
Seus dedos escorrem por suas costas, sinal de que adormeceu lhe fazendo carinho.
Por que a pressa, menina? Não consigo entender...
Ele está aí, sempre esteve! 
Essa cama nunca esteve vazia, você fez o favor de preenche-la toda noite.
Veja sua barba, sua samba canção amarrotada.
Percebeu que está vestida com a camiseta dele? Ah menina... Que costume.
Não precisa acelerar, contemple este momento, não se levante agora, zele o seu sono.
Agora você tem o que sempre quis, menina. Por que quer ir embora?
Vai perder tudo aquilo que sempre correu de você? Olha pro lado, o abrace...
Fique mais um pouco, lhe beije os olhos, sinta o calor de seus corpos.
Eram apenas um há poucas horas. 
As marcas de prazer estão estampadas por todo o seu corpo. 
Não pode ter mudado de ideia tão rápido, pode?
Calma, menina... Olhe pro espelho.
Os reflexos de vocês são únicos, ele sempre esteve aqui. Você não pode expulsá-lo.
Pressa? Respira... Isso faz mal, menina. Ansiedade não adianta relógio.
O tempo é a jóia mais preciosa.
Anos, horas, meses, dias... Será que fazem realmente alguma diferença entre vocês?
Isso me pareceu não impedir uma noite de amor.
Uma, duas, três, quatro... São apenas números, menina. Apenas os some. Nunca subtraia.
Fecha os olhos. Encaixe no corpo dele, o abrace com os braços e adormeça.
Sonhos nunca foram tão reais.
Aproveite e durma mais um pouco.


Sociability is hard enough for me
Take me away from this big bad world
and agree to marry me...

domingo, 8 de abril de 2012

Brincando de somar post-its

E está tudo tão confuso, tão nos eixos e fluindo tão bem.
Me sinto com dezoito, mas acabei de nascer.
Talvez ele tenha razão em se assustar com a minha idade.
Mas na verdade, isso é apenas um número.
Assim como meu nome é só uma palavra...
Não é válido avaliar diferenças, elas sempre irão existir.
Querer gabaritá-las é pretenciosidade demais!
Deixe de me ver apenas como esse reflexo.
Olhe-me com alma. Decifra-me com o desenho de teus olhos.
Estou a me despir: Ele vai, ele vem...
Embalo com teu abraço e conforto o peso de meus ombros.
Até quando teu apoio estará disposto?

Busco àquele algo além das explicações.
Tracei alguns rumos, alguns cheiros e sensações...
Guardo sempre a lembrança: Detalhe nos detalhes.
Trago o que me dá prazer.
Aperto, seguro, solto: Estrago.
Uns com mais, outros menos.
A diferença está nos números.
Como explicar algo tão exato?
Ah é! Mais um insight noturno sensato.

sábado, 17 de março de 2012

Luz que não produz sombra

Somos o que há de melhor
Somos o que dá pra fazer
O que não dá pra evitar
E não se pode escolher...

sábado, 10 de março de 2012


"Então ela chegou os lábios para junto dos de Pedro Bala, os beijou e depois fugiu."

domingo, 4 de março de 2012

Apagado e reaceso

Eu ainda tenho umas coisas pra te falar.
Tive tempo de sobra pra pensar sobre tudo isso, sobre mim, o que aconteceu e as consequências. 
Sabe, eu me perdoei.
Me perdoei por ter errado, deixado levar e impulsiva que sou, me arrepender.
Mas o arrependimento virou aprendizado. Doeu, dói e quando eu olhar a cicatriz, eu vou lembrar da dor. Mas tudo bem, eu aprendi. Eu finalmente percebi que o que me prendia em você: auto desafio. Não foi "culpa" só sua. Não... As pessoas só fazem com a gente, o que nós permitimos. E eu permiti que isso fosse longe demais.
Vesti o meu manto de indiferença, mas por trás da capa, só eu sei o que senti.
Chorei e tive vontade de te bater. De ligar na sua casa ou até mesmo ir lá. 
Seria invasivo demais, e eu não sou assim.
Pensei em te mandar uma carta, te encontrar na faculdade e te dizer umas merdas.
Iria me arrepender, pois sei que seria em vão.
Aí quando eu superei o dia mais difícil, e tive convicção de que eu estava "curada de você", a vida deu as caras.
Você sabe do que eu estou falando.
Não. Talvez não saiba.
Eu tinha bebido, como venho feito ultimamente. Estava chapada, no ápice do que eu traguei.
Meu coração acelerou desesperadamente. Doeu tanto, que mesmo eu não sabendo como é a sensação de  um infarto, eu tinha certeza que estava tendo um. Minhas mãos e pés formigaram, meu olhos já marejados, inflaram.
Segurei.
Estiquei os ombros pra trás e encostei as costas no banco. Você passou. Olhou nos meus olhos, pra mim, isso durou horas. Frações de segundo.
Por dentro, eu estava totalmente descontrolada. Mil ideias. Sabia que todas estavam erradas, eu iria me arrepender, era impulso. Só impulso.
Me controlei. Abri a mochila, peguei o livro que me acalmava, pulei o prefácio. Não conseguia concentrar. Você invadiu o meu sistema, desconfigurou tudo... Não era eu que estava tão segura de si?
Me olhei no reflexo do trem. Estava calma, olhos quase fechados, efeito colateral. Semblante sereno. 
Sentei, desviei o olhar algumas vezes, confesso. Veio algumas palavras, afinal, os meus fones estavam no mudo. Folheei o livro:
"Tenho sofrido mais com as lágrimas da senhora do que mesmo com a libertação do corpo... Isso, Mamãe, porque sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu, e, quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia."
Eu não sabia muito bem o que se referia, mas chorei como uma criança. Doeu, meu coração apertou tanto, que faltou ar. Virei-me para o vidro e não caia uma lágrima sequer do meu rosto.
Eu sentia os soluços, o gosto salgado regado à boca, mas nada daquilo era físico.
"Não tenho noção do acidente, como desejaria, mas estou informado de que saberei tudo quando estiver mais sereno. Asseguro, porém, que ninguém teve culpa; nem nosso motorista amigo, nem nosso Genésio. Mamãe, nada fizeram que pudesse provocar a situação. 
Foi a dívida do passado que surgiu na máquina em movimento. Mais tarde conversaremos sobre isso."
Senti vontade de vomitar você. De colocar pra fora essa vontade que me sufoca, me prendeu a respiração por tanto tempo, me fechou os olhos e garganta; forcei algumas vezes, a dor continuara.
Liguei pra alguém que poderia me ajudar. Ou era o fiel companheiro amigo, ou o SAMU.
Minutos mais tarde, me acalmei, respirei, pude olhar pra dentro, ouvindo a voz amiga, e perceber, o tapa que a vida havia me dado.
Eu entendi tudo agora.
HA-HA-HA.
Vamos ver se entendeu mesmo.
Você pode pensar: Nossa, ainda mexo tanto com você?
Não.
Eu apenas decidi trabalhar, seguir e me entender. Colocar em prática, tirar do papel, ouvir, sentir. Dei um passo incrível, e isso me transmitiu algo que eu jamais senti... É diferente de tudo. Aprendizado.
Todos os dias eu enfrento alguns demônios. São barreiras do meu novo cotidiano. Ver tudo com outros olhos, me unir com o Eu. Entendê-lo. Praticá-lo. Contemplá-lo.
A saudade existe, às vezes aparece, some, volta, bate, trás lágrimas, sofrimento e logo se transforma em paz, raciocínio, reflexão, limpeza e perdão.
Decidi marcar nestas linhas o fim do primeiro passo.
Siga, com serenidade, seu caminho. 
Desprendo-me dessa história. Essa que eu ajudei a escrever, que contribui nos passos, tanto tortos, quanto certos. Liberto-me das más lembranças, do peso, da culpa e de você.
Espero em plenitude que um dia você sinta o mesmo.


Até os infortúnios tem o seu valor
Na oportunidade de aprender com a dor
Portanto, a gratidão jorra pela fonte do meu coração

Tá no interior e ao redor
No trabalhar, no querer
Faz e não dá ponto sem nó
É o Mistério, é o Poder

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Infortúnio transitório


- Fumar faz mal.
- Falar com estranhos também.
- Mas fumar mata.
- Falar com estranho também mata.
O estranho a vê dar um grande gole em uma garrafa de vodca:
- Dor de amor?
- Vontade de esquecer de tudo, apenas.
- Dor de amor!
- Me deixa…
- Você quer afogar o amor com a vodca e sufoca-lo com o cigarro?
- Não… Só quero esquecer…
- Esse não é o caminho.
- E qual é o caminho?
O estranho sai andando e grita:
- Esse é o caminho!
- Andar?
- Não, seguir em frente.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

(Des)impulso

E eis que depois de uma noite de quem sou eu,
de acordar a uma hora da madrugada em desespero.
Eis que as três horas da madrugada eu acordei
e me encontrei, eu fui ao encontro de mim,
calmo, alegre, plenitude sem fulminação
simplesmente isso, eu sou eu, você é você
é lindo, é vasto, vai durar.

Eu não sei ao certo o que eu vou fazer em seguida
mas por enquanto, olha pra mim, e me ama.
Não: tu olhas pra ti e te amas. É o que está certo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eu deito, sonho, acordo e não lembro de nada.


"Você me soa tão abstrato.
Os dias já não me remetem a nada.
E quanto mais eu sei menos eu posso crer,
em tudo quê ouço, enxergo e falo"

Eu abro o livro e observo minha coleção. Há de todos os tipos: Os que duraram anos, outros alguns meses e têm aqueles de poucos dias ou horas. Eles são feitos a minha medida, ou à aquilo o que eu penso que eles são. Imagino as músicas preferidas, a roupa por trás do uniforme, a posição que dorme, o restaurante preferido...
Engraçado. Poucos deles me deixaram tão nervosa quanto esse.
Quando me beija e diz "bom dia", seguido do abraço que me cobre, me faz pensar em nada, sorrir involuntariamente e perder os sentidos.
Seria lindo se não fosse triste.
Triste no sentido de sonhar e acordar pensando em como seria. Minha triste mania do "e se?". Costume bobo, infantil que deveras me faz ter devaneios, alguns bons e outros nem tanto.
Não é de todo mal. Eu já acertei algumas profecias. Entre cochilos no trem, acordo lembrando de como foi aquela noite, e de como seguiu a risca o meu sonho. Sorrio. De fato é engraçado.
Ele é mais um.
Daqueles que me faz descompassar. Esses que dão medo... Sempre gostei do ar de impossível e quase sempre acerto.
Tem dez anos a mais de experiencia. E por ser homem, obrigatoriamente tem o triplo de histórias pra contar. Eu, tenho muito o que aprender.
Deixando a irracionalidade de lado, ele é o pivô da coleção. Das páginas do livro, - ainda não descobri o maior dos motivos - mas ele tem destaque. Talvez seja o intelecto, a força na voz, ou o olhar.
O sorriso no olhar.
Eu, pequena, eterna aprendiz e errante; gosto do imprevisível. Os karmas estão a solta no Universo, mas esse que eu carrego é tão particular, que é praticamente intangível.

E como tenho prazer no abstrato, paixões platônicas continuam sendo as minhas preferidas.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Não pense que é capaz. Saiba que é.


flickr.com/photos/ste_silva
Enquanto você se esforça
Pra ser um sujeito normal
E fazer tudo igual
Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Um maluco total
Na loucura real
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir
 
Raul Seixas — Maluco Beleza, 1977

E eu os encontro por todos os lados. Pisco. Abro os olhos devagar, - o astigmatismo impede que eu enxergue com clareza - os esfrego, os óculos me ajudam: Sorrisos maliciosos, olhar penetrante que me deixa sempre sem argumento.
Sinto o cheiro da pele, relva molhada, lábio seco de quem fumou há pouco. 
Os ensinamentos são os mesmos, os livros e páginas. Não há lugar como nosso lar tem outro significado agora. O sofrimento é inevitável. Dor tornou-se aprendizado. Alguém ainda não foi perdoado.
Traço o caminho, não mudo de direção.
Quando você sabe demais, não dá pra voltar. Fui precisa quando escolhi pela pílula vermelha.

Eu só posso lhe mostrar a porta.
Você tem que atravessá-la.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Kinu Restaurante

Divulgação
Acolhido. Essa é a única palavra que eu usaria para descrever a feição de um cliente. 
Satisfação na hospitalidade, sorriso no olhar e prazer em servir. De fato, esses três elementos são os pilares no serviço do restaurante japonês Kinu, localizado no Complexo 17 do luxuoso hotel Grand Hyatt São Paulo.
Com atenção nos detalhes, os garçons sempre à disposição a atender com apenas um olhar. O copo nunca está vazio, a mesa sempre servida e o cliente sempre satisfeito.
À frente da cozinha está o Chef Kazuo Harada, com olhar exigente e detalhista, compõe verdadeiras obras de arte em seu ateliê - o sushibar.
Serviço excelente, pratos impecáveis e ambiente diversificado.
O Kinu com certeza é uma ótima opção de culinária japonesa em São Paulo. Com a facilidade de entrada pela rua, bom gosto na decoração, mesas ao ar livre e sofisticação.


por Stefanny Silva

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta


Virei a página do calendário. Assim como troquei os lençóis da cama, as fronhas dos travesseiros, as fotos das molduras e os post-its do guarda-roupa.
Mudei a cor da parede, os móveis de lugar e o corte de cabelo. Janeiro demorou 366 dias para terminar, e finalmente hoje pude estourar a minha champagne e soltar fogos de artifício.
Dentre todas as coisas que aconteceram neste mês, o verdadeiro Eu tem dado as caras, o egoísmo anda moderado. Minha cabeça trabalha em horário comercial, novos rostos, assuntos e nova identidade. Talvez eu esteja me encontrando de fato, não sei classificar. Mas em passos firmes, sem pressa, uma coisa de cada vez; uma conquista toda manhã. Alegria no que faço, sorriso na voz, coração calmo.
Encontrei a fórmula pra viver bem.
Tudo o que me machucou nesses anos, deixou marcas. Cicatrizes que o tempo não pode apagar. Mas eu decidi não vê-las mais. Cubro com maquiagem, reforço o preto nos olhos, batom nude nos lábios. Visto meu uniforme, calço o salto e saio em direção ao que me faz bem.
Média de oito à nove bons dias recebidos até o setor. Beijinhos, abraços e "vou bem, e você?". Servir hóspedes VIPs, preparar chás, beliscar sobremesas francesas e sorbetes japoneses. "Foi um prazer, espero que volte!"
Não preciso de uma lista de planos pra seguir, não mais. Ainda não sei explicar ao certo o que de fato aconteceu, como eu vejo as coisas agora. Só sei que toda manhã eu acordo melhor do que no dia anterior. Parei de brigar comigo, chega de procurar erros e tropeços em vão. Não posso buscar n'outra pessoa o que falta em mim, e a partir desse ponto, eu começo uma nova partida.
Abri as portas e estou de braços bem abertos para tudo o que está vindo em minha direção. Continuo olhando tudo a minha volta: O céu azul pela manhã, a Estaiada iluminada pelo sol, os trens, as pessoas, sotaques, culturas, cheiros, sabores...
Quem diria, eu sempre com tanta pressa, hoje, só quero aproveitar as curvas dessa infinita highway.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Lembrar de esquecer

Eu já esqueci outros amores, outros cheiros e outros embalos. Não pode ser tão difícil.
Não há motivos para você ser diferente, se tornar apenas uma lembrança, uma carta guardada no fundo da gaveta; um amor que eu vou contar quando for mais velha e alcançar todos os planos que fizemos, sozinha.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Travessia

Me sinto fracassada. Sabe, aquelas que só conseguem escrever quando estão sofrendo. Não, não é falta de tempo. É falta de inspiração. 
2012 começou, não mentalizei nada de bom, não fiz nenhuma promessa, não desejei nada. Há algum tempo minha vida não está indo muito bem, então, fiz o que venho feito: Nada. Preferi ficar sozinha, assistindo alguma coisa com os olhos e pensando em mil outras com a cabeça. Passaram os dias, procurei ajuda. Ouvi conselhos e decidi não seguir nenhum. Me isolei, coloquei meus fones de ouvido, play, entrei no metrô. Depois de algumas idas e vindas pela linha azul, desci, segui na linha verde.
"Decorei poesias, li Kierkegaard, Nietzsche até o raiar do dia."
Depois de tanto tempo, eu realmente me encontrei. Ali, em meio do tumulto, sentada no metrô, com a música tão alta, que mal ouvia o burburinho dos ambulantes. E é sempre assim que termina. Eu, sozinha, sem aguentar conviver com a minha própria companhia; com os olhos cansados, o coração cheio de vazio, e a garganta sem ter o que falar.
Minha família não pára de perguntar se estou bem. Se tenho voltado com os remédios. Não. É sempre não.
A melhor forma de saber quem eu sou, e conseguir vencer essa maré que me engoliu, sem boias, sem saber nadar, é estando sozinha. Não preciso provar nada a ninguém. Não quero ouvir mais nada de "ah, se eu estivesse no seu lugar..." Chega. Decidi não beber, não me drogar e não fugir de mim. Não devo esquecer por um momento quem eu sou, quem eu me tornei e encarar, olhando fixamente pro espelho, que durante esses longos e errantes dezoito anos, eu sou isso. Esse alguém. Essa pessoa que se arrepende, que é cheia de alguma coisa, que busca algo que ainda-não-sabe-o-que-é.
Em 2012, eu decidi por mim mesma, traçar planos. Buscar alcançar metas e me orgulhar delas. Anotar, não fugir a regra. Pensar, parar de não me preocupar; me colocar a frente. Guardar algum dinheiro, comprar coisas que me façam alguma diferença, fazer aquele curso de especialização, não ter vergonha de sentir, lembrar de quem eu sou.
E isso não é uma promessa.
São cicatrizes que me fazem enxergar e como pele, não vão mudar.
São espécies de post-its mentais, um despertador pra realidade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

E o cavaleiro andante

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.


Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.


Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas


Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas


 

Template by BloggerCandy.com