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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Teorias

Foto por Jéssica Mantovani Lazzari - sabedoriaefemera.blogspot.com/

Ela sempre acreditou em destino. Olhando para as estrelas, conseguia enxergar toda a sua vida dali pra frente, seu futuro promissor. Nas tardes de outono, sentava-se no ladrilho e repensava sobre tudo o que lhe causa dúvidas: O amor, a mentira, o desprezo, a incerteza; e até ele, o destino. Naquele mesmo lugar, voavam algumas borboletas sob as folhas caídas no jardim. O mesmo jardim daquela árvore que ela havia talhado duas siglas em seu tronco. Como acontece nas cenas romanticas de filmes antigos, que ele tanto gostava de assistir. Ah, ele… o causador das dúvidas dela. O culpado das estrelas, das borboletas e daquela árvore. Lembro-me de ver eles por muitas vezes num ponto de ônibus, sempre depois das onze horas da noite. Achava estranho todas aquelas risadas… Pareciam ser feitos um pro outro. Embora ele não acredite em alma gêmea, nem em destino.
Talvez o acaso tenha dado o ar de sua graça por muitas vezes naquelas noites frescas em que eu os via. Não sei ao certo explicar, mas creio que o meu cachorro adorava aquele casal. Dizem que os animais veêm atraves das pessoas, não é mesmo? Olhando da sacada, pude ver o dia em que eles pararam e brincaram com o Spyke. Ele parecia ver algo que eu não tinha visto.
Sei que alguma força maior unia aqueles dois. Poderia ser o destino ou o acaso… Na verdade eu nunca soube. Não tive tempo para descobrir. Há mais de um ano não os vejo mais no ponto de ônibus, nem passando por aqui. Teve ter acontecido algo. Esse negócio de amor, sempre dá errado. E as pessoas sempre dizem que o tempo tudo cura. Pra mim não. Ele só coloca um pano em tudo, pra fazer esquecer algo que sempre estará presente dentro da gente.
Maldito destino. Maldito acaso. Malditas palavras que nunca foram ditas. 

Nós dois temos os mesmos defeitos, sabemos tudo a nosso respeito. Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos…

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quem é amendoim, nunca será noz

Foto por Stefanny Silva - flickr.com/photos/ste_silva/
Eu não sei esconder. De fato, a menina de alguns anos atrás, fosse necessária hoje. Firme e decidida, com seus dezesseis anos, achava que sabia tudo sobre a vida. Hoje, com dezoito, dois anos mais velha, mais experiente, mais surrada; vê que conselhos de si mesma seriam úteis.

Sempre me camuflei, chorava escondida. Alguns meses depois, toda essa "dor reprimida" gerou uma espécie de depressão que comia pouco a pouco meu cérebro. Remédios e tratamento, conversas com a psicóloga... Tudo isso aliviou. Depois de algum tempo, eu recebi alta: doze quilos mais gorda, com a auto estima no chão... mas com diagnóstico ótimo.
Eu sabia que no fundo, aquela dor que eu sentia não era só física. A cefaléia poderia até não voltar, mas a dor presa na minha garganta, sem poder vomitá-la, essa sim, me acompanharia durante muito tempo.
E foi assim. Um ano mais tarde, eu perdi tudo. O emprego, algumas amizades, a estima. Ganhei muitos tombos, alguns amantes, - talvez até paixões, que não passaram de uma noite, ou algumas horas - um porre aqui, outro acolá, mas no balanço geral, eu saí perdendo.
Eu não tenho mais aquele ombro que se encaixa perfeitamente no meu queixo. 

Posso dizer que eu tenho sido forte o suficiente pra não ligar, não me olhar no espelho e apenas acender um cigarro. Ele que me traga. Suga de mim toda essa podridão e solta com aquela fumaça branca... Vejo a minha alma saindo de mim, o pouco que ainda me resta, ela sai, sem se despedir, assim como você foi embora.
Na bebida, eu encontro uma companheira. Ela não me abandona, dança comigo a noite inteira, me leva prum hotel, me dá uma noite maravilhosa. Mas o problema, é que ela não me liga de manhã.
Voltando pra casa, eu caio algumas vezes. O bom é que eu não sinto nada. A dor de dentro é maior. A vontade é estourar a minha cabeça na parede pra dor externa se sobressair...
Encontro alguns amigos, ouço algumas piadas, recebo abraços. Mas no final, sempre é o mesmo assunto. Todos se preocupando comigo, querendo saber se eu já te esqueci, se tenho falado com você. A resposta é sempre não.

Não sei onde me encontrar de novo. Talvez eu tenha me perdido quando te conheci. Ou foram efeitos do remédio, como saber? Eu queria ser como as outras, mas quando você deixa de acreditar em algo, não há como voltar a crer, é como o Papai Noel.
Eu poderia listar as minhas treze razões para acabar com tudo (na verdade, são até menos) e não dá pra recomeçar, sem terminar. Não aguento mais a minha mãe preocupada comigo, marcando consulta com o neurologista, com medo de eu voltar aos remédios. Mal ela sabe, mas esse é o menor dos problemas.
Mais 24 horas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conselho pra si mesmo

A gente não vive e também não morre de amor.
Foi a primeira, mas não vai ser a última vez.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Trabalhando num bom título

Foto por Well Lobo - http://www.flickr.com/photos/ste_silva/

E ela é assim. 
Oito ou oitenta. Chora, grita e não encontra razões para absolutamente nada. Meio Madalena, meio Mônica, o que menos vê é o fundo da própria alma. Tem poucos amigos, é mal humorada e tem fama de estúpida dentre os demais. Não faz questão de fazer social, é preguiçosa mas quer conquistar o mundo.
Ariana, mas não acredita em signo. É tão maldita que não crê nem em deus. É daquelas que faz piada com tudo, tem o humor ácido. A consciência dói com poucas atitudes, e a maioria das vezes são com maus tratos a animais.
Tem repulsa de gente que não assume as vontades. Se arrepende sempre de demonstrar demais, e quando tenta manter a racionalidade, afasta. Tem só dezoito, mas pode fazer o seu mundo girar.
Gosto musical variado. Não tem frescura pra comida. Fala de sexo com naturalidade. A vida tem tanto a oferecer, pra quê se apegar a apenas uma opção...
Frequenta bares, gosta de cerveja barata e muita gente em volta. Fala pouco, aprendeu a ouvir. Divide experiências, não confia com facilidade. Lava o espírito em shows de bandas independentes, prefere casas de shows pequenas, com ingresso barato e não tem medo de moshar.
Extremista.
Quantas vezes perdeu oportunidades por não ter meio termo.
Se envolve até o último fio de cabelo, gosta dos detalhes, café só se for com leite, beijos com gosto de sono. Hotéis baratos nas redondezas, fast food nos finais de semana e um bom abraço já é o suficiente.
Tira as próprias conclusões, pensa rápido, dificilmente muda de idéia.
O príncipe não existe, traça o próprio conto de fadas e prefere livros à revista Veja.
Quer mudar o mundo, e pra isso, tenta se reinventar toda manhã.
Não tem habilidade com números, mas sabe contar mais de mil histórias.
E ela é assim: Não há como definir, não há como conhecer por completo.
Se você gosta de viver com aventura, essa é uma das boas.


Tenho desejos demais, covardia pra quê?
- Rancore 5:20

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011



Hoje é terça-feira
E o céu se põe debaixo do tapete
Um tesouro
Eu não acredito, eu não acredito, eu não acredito, eu não acredito não

Só acredito no semáforo
Só acredito no avião
Eu acredito no relógio
Acredito no coração
...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Isso não é sobre você

Os dias estão demorando passar, a dor não é mais física. Chuveiro. Não me lembro de quantas vezes por dia. Não tenho vontade de sair, mas se fosse, com certeza seria um show, daqueles das minhas bandas preferidas. Nene Altro gritaria tudo o que eu tenho engasgado, eu cuspiria minha alma sem olhar pra trás.
Teco Martins traria paz ao meu espírito, me faria chorar e depois me confortaria com aquele abraço.
Mas hoje é Terça, o disco do Red Hot Chili Peppers já rodou mais de 23 vezes na minha playlist.
Leio e releio histórias de amor, pra ver se me encaixo em alguma delas, pra ver se isso realmente pode acontecer comigo de novo.
Está fresco. Ainda nem secou.
Se tivesse certeza de alguma coisa agora, seria tentar pegar no sono. Com todos aqueles detalhes que não precisam ser mencionados... Minha cabeça está cheia de vazio. Não sei do que estou falando, estou tentando não pensar em você.

 

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
So she ran away in her sleep

And dreamed of para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Every time she closed her eyes...

Cicatrizes

Nos perdemos.
Não sei ao certo quando, não sei se começamos errado, não sei.
Só sei que eu não consigo olhar pra tras sem chorar, sem lembrar de tudo o que a gente viveu. Reli seu fotolog inteiro, e da mesma forma que ele me trouxe paz, me fez lembrar das dificuldades.

Eu passei por cima de muita coisa, assim como você.
E ver que estivemos juntos durante tanto tempo, fez "pesar" e ver o quanto nossas vidas se afastaram, cadê aquelas pessoas que há quase três anos atras estavam lutando pra se ver, e hoje desligam o telefone pra evitar se falar?
Amadurecemos em tempos diferentes.
Mas preciso descobrir quem eu sou, aonde eu me perdi, aonde você me deixou.

Fui contra praticamente todos os meus príncipios, por amor, sim!
Não me arrependo de nada, só acho que você não julgou necessário tanto sofrimento da minha parte. Foi idiota? Talvez... Mas doia em mim, e isso era sempre motivo de briga.

Não dá pra apagar o passado. Eu sei disso também.
Mas não posso evitar as lembranças de algo que marcou a minha vida tanto positiva, como negativamente. Estou olhando nossas fotos, até a que eu acabei de rasgar ao ler o seu papo com a sua nova "gata". Não sei porque ainda insisto em escrever pra você. No fundo, bem no fundo, eu sei que você nunca deu a mínima. Isso nunca foi importante.

Pela primeira vez - eu confesso - não quis ouvir ninguém. Quis lembrar de como eu consigo, se pensar sozinha. Cadê a pessoa brilhante que você tanto fala? Eu não a conheço mais.
Não queria ter que te "perder" pra poder me encontrar. Não mesmo...

Hoje eu consegui te dizer coisas atravessadas há tempos.
E foi muito bom. Aquela dor e agonia sumiram. Pelo menos por enquanto.
Gostaria de te encontrar de novo daqui há uns anos. Queria poder sentar e ouvir tudo o que você viveu, as suas histórias, e acreditar cegamente nelas. Como nos primeiros meses de namoro.

Mas e agora? Temos dezoito anos, - eu, ao menos - estou cheia de dívidas e não tenho dinheiro pra quitá-las, enquanto você participa de palestras sobre investimento e administração financeira. Você, ainda mente pra mim, quer viver party hard, mas não assume, pra não me dar a mesma "liberdade".
Até quando vamos nos enganar pra fazer o outro feliz?
Eu não estou feliz. Há tempos.

Mas quando estou sozinha enquanto você joga futebol ou tem as milhares de reuniões com a banda que sempre acabam em conversas sobre mulheres, na padaria da avenida? Enquanto você se diverte, com a sua vida paralela ao nosso relacionamento, eu estou em casa. No facebook pra ser mais exata, tentando imaginar se eu sou interessante pro resto do mundo.

Se eu consigo sem você. 
Se ficar em casa esperando você me ligar e gaguejar ao dizer que não fez nada daquilo que me disse que iria fazer, que esteve em trocentos lugares com diversas pessoas e eu aqui, em frente ao computador, escrevendo sobre você, pra você ler e fingir que se interessa.

Eu desligo o telefone e tenho plena certeza que você quer viver a sua vida, à sua maneira, e me ter sempre aqui, disponível. E eu, do outro lado, penso a mesma coisa.
Quero sair, dar risada, rebaixar o meu alto nível de conhecimento falando sobre bosta, sexo, música idiota e ficando bêbada de cerveja.
Na hora do aperto, quero poder te ligar, chorar e saber que você vai ser sensível ao ponto de me encontrar e fazer o meu mundo melhor.

Não tem sortido mais efeito.
Acabaram as lamentações e suas inúmeras falas de "vai passar" não me convencem.
Deixei minha fé e minha crença pra tras. O mundo é cruel, é dificil, olha onde nós estamos? Você tenta provar pra si mesmo que não vai me ligar, pergunta a opinião de um amigo e se convence que não é o melhor a se fazer.
Flerta com uma burra fanática por futebol, planeja viajar, mas se rende numa ligação.

Não pensei em nada, nenhuma outra saída.
Eu te avisei, "tá dificil..."
Minhas lágrimas sem motivo, agora fazem sentido.
E eu não sei como lidar com isso. Vai doer, eu estou sofrendo muito.
Mas pela primeira vez em tanto tempo, preciso acreditar que vai passar e que o tempo cura.

Eu só queria ser o seu alguém pro resto da vida, mas tivemos pressa demais.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ponto final, próxima linha, letra maiúscula

Pleasure spiked with pain
That motherfucker's always spiked with pain...



E foi assim. Do jeito que começou, terminou.
Sem esperanças, sem lágrimas. Talvez nasçam alguns arrependimentos, mas vai passar.
O quão forte eu me tornei, não há como agradecer. De tanto cair, consegui me levantar sozinha e pela primeira vez em tanto tempo, olhar pra frente e ver meu reflexo no espelho. 
Quem sou eu? No que eu me tornei?
Não sei. Ando descobrindo.
Entre noites mal dormidas com um corpo entre as pernas, ou um gole daquele destilado que faz meu estômago querer vomitar o que resta da minha alma, a conversa sobre algo que eu não sei se foi sonho ou é só mais uma de minhas inúmeras mentiras das quais eu não sei distinguir.
"Mais um pouco da velha ultra violência"
Dentre coquetéis de realidade eu me deparo com uma cabeça vazia, sentindo o meu corpo inteiro pulsar o ritmo daquela música, assim, com riqueza nos detalhes.
Mais um passo.
Dói, e vai continuar doendo.
Cicatrizes irão se formar e deixarão marcas pelo meu corpo. Eu me orgulho de cada dia levantar e ter peito pra enfrentar o que daqui pra frente será doloroso.




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sobre felicidade

Tem dia que é foda. Nada tira da minha cabeça a vontade de correr pra longe e alcançar algo-que-não-sei-o-que-é.
Eu demoro pra dormir, vejo as horas passarem e quando abro os olhos já são nove-e-pouco da manhã, a Ana Maria Braga está estampada na televisão e eu não tenho a mínima vontade de levantar e encarar a rotina de não fazer nada o tempo todo.
Ouço conversas alheias e sempre acho que estou envolvida, sem ao menos conhecer metade das pessoas. Tento achar algum eixo onde eu me encaixe e a minha vida não pareça esse mar em dia de tempestade; com ondas fortes e sem ninguém para admirar.
Tenho vontades demais, não sei demonstrar interesse, ora quero muito, ora pareço não ligar. Zapeio os canais, assisto por horas aquele canal de compras. Vejo o quanto é simples ser feliz, para algumas pessoas. Com uma ligação, você compra um triturador de alimentos ou um equipamento que te faz perder oito quilos em duas semanas. 
Isso não me serve. 
Queria poder comprar, nem que fosse em grãos, algo que me faça sentir.
A bebida não faz mais efeito. As companhias sempre salvam. Conversas até o dia nascer têm me feito bem. Mas ainda falta algo. Sempre vai faltar, eu sei. "Nós nunca estamos satisfeitos" - você tem razão, vó.
Estou em busca. Sempre à frente. 
Dou algumas voltas, caio, levanto. Posso me arrepender. Mas passa, sempre passa.
A vida é de fato uma faca de dois gumes.
Eu sei que vou me cortar, não importa como eu a use.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Que passe, e passe logo

É como um trem. Devagar, cheio de gente e com longas paradas. Sem nenhum destino, eu vago dia após dia, sem certeza de absolutamente nada e ao mesmo tempo, buscando ponto firme em tudo.
Não sei quando fiquei assim, sequer sei até quando eu era ingênua e me contentava com qualquer coisa, sem questionar a existência de tudo e guardando lembranças que hoje já não significam nada.
Ontem, eu finalmente pude me dar conta que algo morreu, - algo não, alguém - e foi bom. Alguns quilos a menos pra eu suportar, uma lembrança a menos na cabeça e dezenas outras pra colocar no lugar.
O que eu sou, de onde eu vim e pra onde eu vou? Por que não ser como as outras, espalhafatosas, gostosas e lindas, por tras daquela maquiagem e todo aquele loiro no cabelo; por que não se preocupar com qual roupa vestir ou sapato calçar ao invés de criar teorias que me façam acreditar em algo.
O que eu estou fazendo aqui? Perdendo tempo tentando saber demais e sofrendo por me arrepender de tanta burrada, por não saber me portar e sendo colocada pra baixo, sem nenhum impulso, sem forças nas pernas para levantar, por não saber pra onde ir ou pra quem dar a mão e pedir ajuda.

Gritos mudos, palavras que se apagam junto com históricos. Mentiras ainda tão recentes, marcas que custam a cicatrizar. Eu me deixei levar, eu permiti que isso acontecesse; e agora, como dar um basta? Como provar pra mim mesma que eu não preciso de uma cruz pra provar pro mundo que eu posso. Meu pai não é deus, não quero ser exemplo. Venha Judas, me beije. Pedro, diga que não me conheces. E Pôncio Pilatos, me julgue. 
A próxima estação está chegando, não sei usar os freios, não tenho direção a seguir e a dança está prestes a começar.

"Sem muita idéia.
Traz esse bicho aqui.
Traz ele vivo que eu quero comê-lo gritando.
Grudar meus dentes na jugular.
Arrancar as tripas com os dedos.
Me traz esse bicho agora.
Quero misturar a saliva de minha boca com seu sangue.
Quero que a sujeira de meus dentes infeccione sua alma.
Me traz esse demônio desgraçado. (...)" -
Nene Altro

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ar, ari, ariana


Ah! Quem conhece um ariano
Jamais o esquece...
Sorri com a mesma facilidade
Com que grita
É de uma inocência
Sem igual
Vive de alto astral
Sua ingenuidade encanta
E sua energia contagia
Adora fazer birra
Porque quando quer,
quer porque quer...
E às vezes quando conquista
Nem queria tanto assim...
Esses arianos adoram riscos
Lutam pelo que desejam
Mas não esperam ganhar um beijo
Rouba-os.
Saiba que ter um amigo ariano
É ter a certeza que se fores ao fim do mundo
Ele estará sempre com você.
 
 

Por Sirlei L. Passolongo

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O que uma vez li em livros algo sobre o paraíso...

De fato eu errei e erro sempre, confesso, não posso garantir não falhar de novo. Eu me equivoquei diversas vezes - com palavras, gestos e devaneios - sou muito mau humorada, chata, super protetora e chorona. Não precisa repetir... Eu sei melhor do que ninguém os meus defeitos.
Sei que esqueço de tudo após uma briga, que não páro de falar e choro por motivos que só eu sei. Não sei explicar os meus sentimentos, não tenho paciência, não sou linda, nem magra, nem a mais inteligente!
Eu sei. Sei que sou fria quando estou com raiva e sequer te digo o porquê. Sei que exijo que você saiba tudo sobre mim: minhas razões, raivas, conflitos, ciúmes... Ah, o ciúmes! Sentimento (se classifica como tal?) que me cega, me contorce, me mata aos poucos...
Sou um turbilhão. Não posso te culpar por me chamar de louca-chata. Tenho desejos obscuros, vontades ilimitadas; de coisas que talvez não acontecerão, - eu não sei ao certo - ninguém sabe. Essa minha descrença me impede de enxergar tudo de outra forma. Eu também sei disso.
Existem lembranças marcantes que esquecemos de reviver. Algumas - ou a maioria delas - são importantes em momentos como hoje. Eu aprendi a ter cautela, cuidado, ouvir... Exercitei minha calma, meu colo e minhas opiniões. Pequei no meio termo, nas desculpas e no meu lado "mãe". E o que me faz analisar cada detalhe, cada palavra, é saber que estou errada em esperar que o mundo me entenda. Meu mundo, meu refúgio. Hoje eu não tive onde me esconder, não tive o abraço pra me confortar e nem o sorriso de paz que me escuta.
Errei e erro. Eu sei. 
Quantas conversas? Promessas e sonhos, pouco a pouco realizados. Passos curtos, mas com muita firmeza! Disso eu nunca duvidei... O futuro nos espera, nós sabemos. E o hoje? E ontem? E agora? Como passamos por tantas e inúmeras falta-de-paciência-stress-raiva-melancolia? A mudança, os problemas, as injúrias; resta tudo pra nós, pro casal, pro mau humor, "me deixa quieto, quero ficar sozinho!"
Eu tentei. Te liguei e mandei alguns trechos de música. Ensaiei formas de dizer, bebi pra tentar desviar o pensamento e acreditar que tudo isso é apenas besteira. Amor adolescente. Amor pra vida inteira.
O pra sempre começa agora e é longo. É incerto. Esquece essas palavras, o vento já fez o favor de varrer, a boca não tem cadeado, chatisse não dá em árvore! Larga o orgulho, ouve o que eu digo, lê mais o que eu escrevo... 
Decodifica essa sintonia, vem dançar comigo. Seu cheiro permanece no meu travesseiro, nos meus lençóis e na minha pele. Lembra de ontem? A essa hora era tudo nosso, o mundo era da janela do meu quarto pra dentro, não existia nada disso. Não ignore minhas ligações... Elas podem não se repetir e isso não é uma ameaça. Eu não sei o que pode vir a acontecer, hoje eu sou assim, amanhã não sei dizer.
Mude de opinião, cresça, ouça, transforme. Faça o que der vontade, só não se arrependa. Tome muito cuidado, não quero te fazer sofrer, mas não estarei o tempo todo ao seu lado...
Se eu perder a cabeça, me reinventa. 

"Te respirar é uma necessidade que inspira a minha realidade ao olhar e ver que ao seu redor o meu mundo gira; e sei que não existe nessa vida outro lugar onde eu devia estar..."



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rússia e Venezuela assinam acordo de cooperação nuclear

Post para aula de Produção de texto - Tecnologia
Profª Eloiza de Oliveira


O formato do título empregado é noticioso, pois ele indica o conteúdo da notícia através de um simples resumo. Já indica ao leitor se ele pode ou não se interessar pela matéria.



Rússia e Venezuela assinaram nesta quarta-feira um tratado bilateral para promover o desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos.
O acordo faz parte de um conjunto de tratados bilaterais assinados pelos dois países como parte da agenda da visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, à Venezuela.
Medvedev esteve no Peru e no Brasil e deve ir à Cuba na sexta-feira, como parte de uma série de visitas oficiais à América Latina.
Pelo tratado assinado nesta quarta-feira, a Rússia vai auxiliar a Venezuela na construção de uma usina nuclear.
A cooperação militar entre os dois países também está na agenda da visita oficial de Medevedev.
Navios da Rússia e da Venezuela devem fazer exercícios militares no Caribe ainda esta semana.

Exercícios militares  
Uma frota de navios russos chegou à Venezuela na última terça-feira para realizar exercícios militares conjuntos com a marinha venezuelana.
É a primeira vez, desde o final da Guerra Fria, que a Rússia realiza operações deste tipo na região, considerada uma a área de influência dos Estados Unidos.
A frota é composta pelo cruzeiro de batalha nuclear "Pedro, o Grande", considerado um dos maiores navios de combate do mundo, o navio 'Almirante Chebanenko', entre outros navios de escolta.
A Rússia já o maior fornecedor de armamentos para a Venezuela.
Desde 2004, a Venezuela tem investido US$ 4 bilhões na compra de armamentos russos. A aliança, considerada estratégica pelo governo de Caracas, permitiu a compra de 24 aviões de combate Sukhoi-30, 53 helicópteros de transporte e ataque e 100 mil fuzis de assalto 7,62 AK 103.
A visita de Medvedev ao continente faz parte da estratégia russa de estreitar laços diplomáticos e comerciais com os países latino-americanos.
Segundo o correspondente diplomático da BBC, Jonathan Marcus, Medvedev quer mostrar ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, que se os EUA podem fazer negócios e atuarem militarmente e diplomaticamente em países vizinhos da Rússia, então seu país também pode atuar na tradicional área de influência americana.

Brasil
Ainda nesta quarta-feira, durante o último dia da visita de Medvedev ao Brasil, o governo brasileiro confirmou a compra de 12 helicópteros de combate russos para Força Aérea Brasileira e afirmou querer aprofundar a colaboração tecnológica entre os dois países. 
Além do contrato para compra dos helicópteros, os dois países também assinaram outros quatro atos. Um deles amplia o acordo de cooperação na área espacial, assinado por Brasil e Rússia em 2006.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bullying Musical

Como todos sabem, está rolando a quarta edição do Rock in Rio - e nesse caso, no Rio mesmo - e por infelicidade, eu não fui (e nem vou) em nenhum dos sete dias de atrações. Mas ok, não é disso que vou falar hoje.
O Rock in Rio não é necessariamente - como diz o nome - apenas rock. Este ano, o festival está mais eclético do que nunca. Fato que na minha humilde opinião, é super digno, afim de que possa agradar gregos e troianos; até porque eu não acho que o Brasil tenha público suficiente para sete dias de apenas rock.
Os ingressos foram esgotados praticamente um mês antes do início do festival, 100 mil pessoas confirmadas por dia, com atrações para todos os gostos e idades. Confesso, não sou adepta de gastar um dinheiro que eu não tenho para ver um show, mas ao assistir os três primeiros dias, com certeza teria valido a pena.

Mas de fato o que mais me chamou a atenção, foi o comportamento das pessoas nas redes sociais durante a transmissão do evento. Vocês sabem, estamos em 2011, a Internet faz papel de televisão, rádio e megafone de pessoas sem voz na real life.
Eu me descrevo como uma pessoa muito observadora. Com isso eu penso muito, me afasto cada vez mais de todo mundo e devo ser taxada de maluca anti-social pelas costas, anyway, isso me traz consequencias positivas - por que não? - que precisam ser ditas:
• Eu não conheço algumas bandas que se apresentaram, por isso não tenho calibre pra criticar qualquer apresentação feita;
• Provavelmente ninguém conhece todas as bandas pra fazer isso;
• Cada um tem um gosto e isso não deve ser criticado;
• Vai num show de verdade e você terá argumento para analisar um evento desse porte;

Ontem teve um dos shows mais empolgantes, que foi da banda norte-americana Slipknot. Os caras com máscaras aterrorizantes e um som heavy metal, fizeram o público delirar e cantar em um único coro todas as músicas. Alguns integrantes de jogaram na platéia e precisaram de auxílio dos seguranças.
Uma apresentação marcante, com fogos de artifício, fogo (de verdade!) e direito a um giro de 90 graus do baterista durante a última música.
NÃO SOU FÃ. Mas sou amante de boa música e sei apreciar quando vejo um bom show. O vocalista, Corey Taylor - que também comanda a banda Stone Sour - soube como conduzir um mosh pit e finalizou a apresentação em grande estilo.

Corey Taylor - Slipknot
Foto: Maurício Santana/Grudaemmim

Pude perceber, em meio as redes sociais que não era apenas eu que estava empolgada com o show. Os telespectadores que viam a transmissão ao vivo também se animaram. Mas como já era de se esperar, os haters também tiveram voz ativa:
• "Aff que tosco Slipkbosta, esses troxa nunca viram uma banda de verdade"
• "Fã de metal é tudo tosco, parece olodum, os cara com essas lata aí"

Em seguida, com as respostas de supostos fãs da banda, eles retrucam:
• "Ai gente, é a minha opinião"
• "Não gosto, mas respeito quem curte, de boa"
• "Não tô nem assistindo, não vou dar ibope"

Ah, vocês sabem... O respeito é bom e todo mundo gosta, né? Quem prega a ditadura musical hoje em dia? Verdadeiros apreciadores não apontam o dedo na cara de ninguém, o mundo é uma diversidade e é isso que flui.
Ter opinião própria não é derrubar o gosto alheio. Se você não conhece viver com essa diferença, como você pode respeitar o outro? É "apenas" música. Cada um ouve o que quer, veste a camisa que preferir. Felizmente a liberdade de expressão faz com que eu conclua esta publicação de forma imparcial e com minhas próprias palavras.

Mas aqui, do outro lado, tem uma cabeça pensante.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Análise

Post para aula de Produção de texto - Tecnologia
Profª Eloiza de Oliveira


Anthony Juliani Flor – 72571-3
Jéssica Mantovani Lazzari – 79860-3
Mariana de Almeida Ramos – 79861-1
Paulo H. B. Contato – 79867-8
Stefanny Silva – 77175-8


Spot de Rádio “Mack Color”
O Spot da marca “Mack Color” é em forma de jingle e possui aspectos fonológicos, sendo assim brincam com as rimas, e o som poético das palavras. Usa também a afirmação e repetição, deixando bem claro o nome da marca e afirmando que em vários lugares diferentes é possível encontrarmos a mesma “No sorvete, no xampu, na bola e no chocolate...”.
Podemos dizer que o jingle é de fácil memorização e com rimas e palavras simples, assim sendo facilmente lembrado e associado à música com o nome da marca, ele também é veiculado em várias rádios do país.

Letra do Jingle:

“O que é, o que é?
Mack Color
Etiquetas adesivas
Que colam e não descolam


Etiqueta tem nome
É Mack Color
Etiquetas e rótulos adesivos


Quem sabe onde tem?
Mack Color
No sorvete, no xampu
Na bola e no chocolate
A etiqueta que cola
Até no tubo de cola
Tá no vidro do carro
E na parede da escola


O que é o que é?
Mack Color”.


Comercial de TV “Asepxia”
A propaganda do produto Asepxia, que elimina cravos e espinhas, é apresentado pelo cantor Luan Santana onde chama a atenção dos adolescentes que passam por esta fase.
De acordo com as peças publicitárias, podemos ver que é um apelo diante uma autoridade, que seria o cantor. Ele afirma que é realmente eficaz, persuadindo o público com a afirmação “Use Asepxia e livre sua pele de cravos e espinhas”.
A imagem mostra que comprando Asepxia, o cliente terá a chance de concorrer a um par de ingressos para o show e uma visita ao camarim do ídolo. Mais uma forma de chamar atenção do público alvo.



Propaganda “Peter Shankman e a Mortons”
Peter Shankman um famoso investidor americano estava em um Avião esperando quando de repente sentiu uma fome repentina. Sem muito o que fazer twittou a seguinte mensagem: “Hey @mortons você pode me encontrar no Aeroport de Newark com um Porterhouse quando eu aterrisar daqui suas horas”

A Rede de Restaurantes Mortons levou até o Aeroporto o pedido de Shankman. Dentro da sacola havia um pedação de carne de 700 gramas, uma porção de camarões colossais, batatas para acompanhar, pão, dois guardanapos e talheres.

Logo em seguida surpreso pela ação da Mortons, Peter Shankman twittou:
“OMG... Eu não acredito nisso... @mortons apareceu no Aeroporto com um Porterhouse”

Para complementar as informações, Shankman é um visitante frequente da Morton’s e tem mais de 100 mil seguidores no Twitter.
A Mortons conseguiu inovar e gerar Publicidade barata com essa ação inteligente e criativa...

Isso nos leva a pergunta: Quanto vale um Tweet?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Só a dinheiro... Vivo!

Texto para aula de Produção de texto – Tecnologia
Profª Eloiza de Oliveira


Comerciantes promovem boicote aos cartões. No Bom Retiro, as lojas querem exigir um valor mínimo de pagamentos em cartões (R$50,00 no debito e R$100,00 no credito), muitas lojas já nem os aceitavam mais. Há cerca de seis meses, a recusa está aumentando por parte das lojas que os aceitavam, e com isso a circulação de cheques vem crescendo muito mais do que o imaginado.

Quando questionados sobre esse assunto, os donos das lojas não comentam nada sobre o ocorrido, uma das únicas que deram declaração foi uma gerente de loja que só aceitou falar em condição de não ter o nome divulgado “As taxas cobradas pelas operadoras dos cartões são caras. Quando chega a época de liquidação, deixamos de pagar, porque a maioria das peças é vendida a R$20,00 e alguns comerciantes a partir daí param de vez. Depois que um faz isso, os vizinhos vão atrás.”

As operadoras dos cartões se pronunciaram dizendo “Que as porcentagens são compatíveis com os serviços prestados” Visa, já a Mastercard não respondeu às críticas.

Economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Ronaldo Agineu diz: “Sempre há muita reclamação quanto às taxas, que giram em torno de 4% a 5%, dependendo do segmento. O problema atinge mais os pequenos, que não possuem poder de barganha para negociar. Periodicamente, aparecem movimentos de protesto localizados, os quais não conseguem resistir por muito tempo por causa da concorrência.”

á os clientes insatisfeitos reclamam “Viemos do ABC para comprar um vestido de festa, mas, apesar do alto preço, R$200,00 não pudemos pagar com cartão. Absurdo, ninguém sai com bastante dinheiro na carteira hoje em dia.” Diz a cliente Izelte Borges, com a filha Bárbara, que corriam para uma agência de banco a fim de sacar dinheiro. Na esquina do banco, encontramos a Loja Malagueta, com grandes placas alertando o consumidor: “Não aceitamos mais cartões. Favor não insistir”.

sábado, 3 de setembro de 2011

Espelho

"Stefanny, jornalismo não dá dinheiro!"

Olá, me chamo Stefanny, tenho dezoito anos e estou cursando o segundo semestre de Jornalismo na USCS. Moro no Grande ABC desde que nasci e não quero ser rica.


Eu quero viver de investigação, assessoria de imprensa, redação, aúdio e vídeo.
Não quero viver de dinheiro. Não dá pra mastigar, o papel é amargo, sujo, fedido...
Quero viver de fotografia. Analógica ou digital. Abertura do diafragma, obturador, ISO.
Não quero aplauso. Gera inveja, ganância, rancor, ódio.
Quero mais idas ao zoológico, mais museu, mais ibirapuera, mais dias sem fazer nada.
Não quero trabalhar das 8h as 17h dentro de um escritório em cima de uma fábrica.
Quero ligações de madrugada, quero noites viradas na agência, quero correr atrás...
Chega de recursos humanos, contribução de FGTS, INSS, PIS e afins.
Quero mais amor, quero mais risadas, quero tudo aquilo que eu sinto falta mesmo antes de ter.
Acabou a dor, o stress, Today I don't fell like doing anything!
Não quero ser rica, não quero passar por cima de ninguém, muito menos ser fútil.
Quero ser feliz, me manter, me casar. Ter filhos, por quê não?
Viver daquilo que gosto, ouvir "nãos", ver portas fecharem só para ter o gosto de abrí-las de novo...
Porque todo esse esteriótipo de beleza, dinheiro, administração e os cacetes?
Quando eu disse que queria ser mais uma estatística? Onde eu assinei?
Vou rasgar tudo, vou meter as caras, NÃO TENHO MEDO.
Não vou abrir mão daquilo que quero.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ah, sou tão Madalena

"Madalena não entende, esse vazio tão cheio,
A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente,
Não quer aquilo que não pode escolher"

E todo dia eu o vejo. Lindo, barbudo e com cara de mau. Sou a Chapeuzinho Vermelho; ele, o Lobo. É algo inatingível, inimaginável, impossível. Mas sempre foi assim. Eu posso ter o mundo nas minhas mãos, mas nunca é o bastante... Eu gosto do difícil, da dor, das lágrimas. Eu quero aquilo o que eu não posso ter, eu sou a coluna cervical do Jack. Vou sofrer, não vou mexer um dedo sequer. Não vou foder com a vida de ninguém, a minha já é o bastante. Vou me arrepender, quebrar corações e perder peças.
Mas é assim mesmo. Sempre foi assim, desde que eu aprendi o que é não poder ter algo - no caso, alguém - e saber que a culpa (existe isso?) foi minha. Sempre foi. Sempre é. Sempre será.
A vida é feita de escolhas, George Boy.
O tempo não pára, o mundo não gira no sentido anti-horário. Deus não existe. Você não é um belo e único floco de neve. PARE DE TENTAR SER PERFEITO.
Fazia tempo que eu não me sentia assim. Fazia tempo que eu não mostrava que eu sou assim. Eu sou o sangue derramado do Jack. Eu sou inflamada, sou esquerda, sou singular, sou quem eu quero ser. Menos quem você deseja que eu seja.

"No fim de semana quando ela sai, ela procura coisas novas
Novas drogas, novos homens, pra tentar se fazer sentir
E quando já é de manhã, e ela volta pra casa
Não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir
Então ela chora, chora e tenta entender o que acontece,
Mas Madalena não entende..."



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Lançamento disco Seiva - Rancore

Post para a aula de Produção de Texto - Tecnologia
Profª Eloíza de Oliveira




A cena independente conta com diversas bandas "de garagem" disponibilizando conteúdo musical gratuito na internet. Este ano, no mês de Maio,  a banda paulista Rancore lançou o 3º cd da carreira de quase 10 anos, intitulado Seiva - o primeiro foi o "Yoga, Stress e Cafeína" e o segundo "Liberta" - e o álbum já está disponível para download, e quem quiser, no site da própria banda há um espaço para comprar "combos" promocionais; como vinís, camisetas, canecas e derivados.
O cd conta com 12 musicas inéditas, de maior autoria do próprio vocalista Teco Martins - que em paralelo anda com seu projeto solo - o encarte disponibiliza as letras, fotos e links para maiores informações.



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Não só hoje, mas sempre

 São Bernardo do Campo, 09 de Agosto de 1990.

Nunca foi nenhum conto de fadas, e talvez nem tenha final feliz. Mas na realidade, o que importa é o agora. Não estamos pensando em final perfeito, muito menos em felizes para sempre...
Os vinte e um anos de estrada já são bastantes para saber que nada é tão fácil quanto os anúncios dizem, já conhecemos a sarjeta e a depressão pra não bater a cara no mesmo vidro.
Mas na realidade não faz nem um ano que de fato nos conhecemos, mas parece que saimos do mesmo lugar, que vivemos a mesma vida e que apenas nos "reencontramos"... Como lidar?
É basicamente um dejá-vu, desde a primeira impressão, até o destino - por quê não? - que fez nos apresentarmos e viver tanta coisa desde então.
Confiamos tanto uma na outra, que me falta palavras pra descrever a nossa amizade... Acredito que vá além disso. Você sente o mesmo? É tudo tão profundo e verdadeiro, um mix de cumplicidade e segredos, tão secretos que nós mesmas não sabemos bem qual é.
Temos paixões em comum, pensamentos e criticas, tudo tão parecido, que se fossemos da mesma família não seria tão igual! Hoje é um dia especial, - como todos os outros - é seu aniversário, uma chance de renovar, nascer de novo.
Você é muito especial, Amora. Você tem um brilho próprio que expande. Um exemplo de mulher, me inspiro muito em você! Quero te desejar tantas coisas boas, queria poder te proteger de todo o mal. Eu vou estar do seu lado sempre que eu puder, vou te ouvir, te entender e apoiar. Eu sei que você sabe que pode sempre contar comigo, seja pro que for.

Sabe, não vou te prometer, até porque somos amigas, e na amizade não existe obrigação. Tudo o que fazemos uma pela outra é por puro amor, não há razão para eu te prometer algo.
Não é por acaso que nos conhecemos, você é mais do que uma irmã... Meio bombril, sabe? Mil e uma!
Você é meu ponto forte Amora, obrigada por ser tão especial e por dedicar esse sentimento tão lindo pra mim.
Eu amo muito você, feliz aniversário.


Essa vai pra mulher

que iluminou os meus caminhos e sonhos
amenizando toda essa loucura



A noite cai, ela vem
entra sem pedir licença
e mexe com minha cabeça


Eu deixo você ir
e os ventos bons me levam
te encontrar é um privilégio

e eu deixo você ir e os ventos bons me levam
te encontrar


Mulher, mulher
saiba que o meu desejo
é ter você comigo
nesse vai e vem


A noite vai, o dia vem
o sol aquece o seu corpo
e eu te conquisto pouco a pouco


Eu deixo você ir
e os ventos bons me levam
te encontrar é um privilégio

e eu deixo você ir e os ventos bons me levam
te encontrar


Me faz bem


Antes que eu me esqueça
você mexe com minha cabeça.

Player: Rancore - Mulher

terça-feira, 2 de agosto de 2011

These are hard times...


E quando a gente acorda e percebe que tudo foi real? Não existe pensamentos, não há remédio que cure a insonia que não existe, porque na verdade, você nunca dormiu.
Todas as feridas são reais e a dor não é só de cabeça... É na pele, na garganta, no pulso, nos pés... Dói tudo aquilo que por impulso não foi usado, as palavras que não foram ditas e todas as feridas causadas sem o mínimo de cuidado ainda estão abertas. Não há um despertador pra isso. Nada faz parar. O relógio continua no seu tic-tac e tentar voltar a dormir não é uma opção.
"É apenas uma fase" Você tenta acreditar, faz rezas que não valerão de nada, faz o sinal da cruz sem ao menos ter fé e dá play naquela música pra tentar esquecer tudo isso: "I am what I am, most motherfuckers don't give a damn!" - Cochila e tem aquele pesadelo que te faz engasgar, acorda com o rosto molhado de lágrimas e liga pr'aquela pessoa que te tras paz.
"Foi uma semana agitada, meus irmãos."
Coloco pela décima nona vez aquele dvd de vinte e cinco reais da Fnac, diz consigo algumas falas, chora sempre na mesma cena, suspira quando o protagonista faz aquele olhar e cochila no final só pra assistir de novo.
Canecas, camisetas, metrôs e tudo aquilo que um dia - seja amanhã, daqui uma semana, um mês ou um ano - eu sei que vai voltar a me trazer alegria, ou algo que o valha.


These are hard times for anyone.



quinta-feira, 14 de julho de 2011

Infelicidade instantânea

Você ouve "Today I don't fell like doing anything, I just wanna lay in my bed..." vê o celular vibrando debaixo do travesseiro e percebe que já são 06h. Pois é, a sensação que você só deu um cochilo de meia hora e já tem que ir trabalhar.
Eu acendo a luz, ligo a Tv e começo a ver as desgraças matinais: Pedofilia, estupro, assassinato, parmamentar ladrão, pessoas alienadas... - Respiro - é só mais um dia comum. Uma Quinta-Feira que poderia ser o dia da minha morte, - mas no fundo - eu sei que não vou embora hoje.
Me visto, escovo os dentes, limpo o delineador do dia anterior que faz meu rosto amanhecer com olheiras enormes. Tudo bem, vaidade não é o meu ponto forte. Meu pai já está me esperando no carro, eu penteiro o cabelo, jogo a franja no rosto e visto minha camisa xadrez. Desço, não dou bom dia, odeio falar pela manhã. Ele me entende. Temos um contato indireto, mal nos falamos, mas nos damos bem.
A caminho da padaria onde tomamos café juntos todos os dias, fico pensando o que poderia acontecer para que me impedisse de chegar ao escritório: Mentalizo que o carro poderia bater, eu ficaria presa entre os escombros e talvez não morreria. Eu poderia pedir demissão, também. Como será pedir demissão pra si mesmo?
Bebo o chocolate quente, como um pão de queijo, meu pai vai embora sem se despedir e eu sempre penso que eu ou ele poderiamos morrer hoje e sequer dizemos uma última palavra. Ele nunca disse que me ama.
Coloco os fones no último volume e venho cantarolando Mãe - "pedra que não rola cria limo, segue em paz o seu caminho..." - nesse trecho eu sempre me sinto mal, aquelas tristezas instantâneas que me dá toda manhã.
Não sei se eu estou pronta pra perder. Eu queria saber quando foi que tudo isso aconteceu, quando eu me tornei essa pessoa fria, dura e incomum. Quando o meu deus foi embora, quando a reza antes de dormir quando eu tinha medo de filme de terror não deu mais resultado. Quando a insônia e a vontade de cortar os pulsos começou a me vir a cabeça toda noite... Where's my mind?
Me afasto, tenho repulsa e vontade de ir pra longe. Ninguém faz idéia do que se passa aqui dentro. Não é tpm, não é rebeldia, não é depressão. Eu acho que é mágoa. Algo bem mais forte que dor. O meu pai sabe porque eu não dou bom dia pra ele. E ele também sabe porque não consegue dizer que me ama. Ele sabe porque eu olho pra ele com olhos diferentes. Ele sabe.
Eu não sei. Ele foi embora sem se despedir. Nunca tive um argumento, nunca soube o real motivo. Mas ele sabe... Eu sinto vontade de conversar com ele, mas também sei que vai doer, então é melhor continuar assim.
Eu vou caminhando. Já tenho dezoito e sinto que acabei de nascer. Pago a minha cerveja, os meus cigarros e tudo o que me dá prazer. É tudo tão complexo que me perco dentro de mim, como se estivesse num espaço onde não há nada a não ser o vácuo: Um infinito que não me cabe. É apertado, tenho que me adaptar, buscar as minhas próprias razões. Quando foi que eu deixei de acreditar em tudo?
Meu primeiro nome é emoção e o sobrenome é desconfiança. Hoje eu não preciso mais de ninguém. Sou autodestrutiva, me suicido um pouquinho a cada despertar, vou dormir com menos esperança - a fé já deixou de existir, nem jesus, nem igreja - acordo mais inconformada e me sinto como um hamster numa gaiola: Correndo sem sair do lugar, sem chegar a lugar nenhum.
Estou no mesmo emprego há quase três anos. Fazendo a mesma coisa. Sabendo que não tem um lugar melhor aqui. Estou ciente que sou uma ótima colaboradora, mas infelizmente a empresa não tem mais nada a me oferecer. Mas eu continuo vindo aqui, todos os dias, das 07h30 as 17h30 - O bom dia entre dentes, a vontade de bater o carro, ficar presa nas ferragens; ou até mesmo me jogar da escada da cozinha que não tem corrimão, ficar afastada pelo INSS e processar a empresa por falta de estrutura.
Um dia a coragem chega.
Enquanto isso venho aqui escrever tudo o que ninguém parece escutar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Será este o fim de mais um ano perecível?

***

E lá mesmo, naquela mesa, eu fiquei sabendo de histórias das quais eu nunca pensei escutar. Um passado marcado, com mágoas e recordações boas, coisas que precisavam ser ouvidas por alguém.
- Vamos alí acender um?
Puxei ainda mais a manga do meu moleton e o acompanhei. Dentre pessoas com rostos conhecidos, falantes e risonhos, com cerveja barata até o último fio de cabelo - de fato pessoas quais eu não me importaria se nunca tivesse sido apresentada - mas por educação eu ainda dou um sorriso frio, faço um sinal com a cabeça e passo, sem nenhuma intimidade.
Caminhamos em sentido daquela rua que nós sabiamos de cór, e no caminho demos algumas risadas, de assuntos simples, coisas que mais ninguém além de nós acharia graça. Discutimos religião, política e filosofia. Fizemos planos pro nosso futuro profissional, comentamos sobre alguns amigos em comum e aquele aperto no meu peito foi embora.
- Quer saber de uma coisa?
- O que?
- Você é muito especial... Não deixa esse garoto que está aqui desaparecer.
Eu queria ter dito mais. Tudo aquilo que ficou por horas na minha cabeça, idéias e mais idéias de diversos assuntos que nós conversamos. Mas eu fui a ouvinte naquele dia. Ele só queria conversar - um monólogo - mas eu o entendo. Eu me vejo nele. Era um reflexo distorcido que agora está nítido, claro e de alma lavada.
E por fim, eu soube naquele momento, que a amizade não está em anos de cumplicidade. Ela se demonstra em dias como esse, que eu saí de casa disposta a não ver ninguém, pensar bem mais em mim e me dei conta de que me isolar não iria ajudar.
Me senti viva por poder ser útil. Acredito que o propósito da noite tenha sido alcançado.
Ele não me respondeu. Só me deu o braço e me acompanhou até o ponto de ônibus. Já estávamos meio tontos, chapados... Demos mais risada, fizemos piada com bobagem, fiquei sabendo de alguns significados e me despedi. Foi rápido, do mesmo jeito que nos encontramos.
Foi uma noite inesquecível, como tudo aquilo que se faz especial pra mim: Simples e sincero.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

There's no way.

Você decide se desligar do mundo, coloca a playlist preferida, põe os fones do último volume e acende o cigarro. Estica a blusa de moleton com cheiro de sono, amarra o cabelo e encaixa o capuz, entra no bar e pede uma Heineken bem gelada, daquelas pra queimar a garganta.
Senta numa mesa na calçada e não consegue ouvir a própria cabeça, com a música tão alta nos fones. Mas na realidade o propósito era esse mesmo, se "desligar" lembra? Um amigo passa pela rua, acena, eu retribuo e ele vem de encontro a mesa. Ele puxa uma cadeira e senta, logo eu sou obrigada a pausar a música e puxar um assunto qualquer...
- Nossa, você por aqui?
- Pois é... Pra você ver.

Sabia que aquilo iria me render um livro inteiro de histórias, já que fazia meses que não nos encontravámos. Ele tem um lado de mim, e eu me enxergo refletida nele. Engraçado é que não somos super amigos, tampouco sabemos algo da vida do outro. Mas é sempre bom vê-lo, mesmo que seja uma vez ou outra, porque sei que ele me dá algo pra pensar, sempre acrescenta.
- Anda lendo meu fotolog?
- Sempre vejo nas atualizações, você mudou de user, não foi?
Eu o questionei, mas já sabia a resposta. Ele cancelou o antigo desde a última vez que nos vimos, fez outro e não tinha me adicionado. Mesmo assim, eu sempre lia. Me é tão real, eu sinto as palavras dele, soa como um passado marcado, é muito vivo.
- Mudei sim. Vou fazer um livro daquele outro.
Essa eu não sabia. Ele tem tudo pra ser escritor. Mas é real o que ele escreve, não é conto, não é sonho, não é viadagem. É dor, é lágrima, é sangue. Acho que é por isso que ele me serve de espelho. E fui encontrá-lo logo hoje, day off...
- Sério?! Poxa, você escreve muito bem. Muita imaginação, hein?
- Antes fosse.
Virei mais um copo. O papo ia ser longo.
- Ela me deixou. Minha vida mudou demais desde então... Preciso passar isso pro papel agora, preciso dar um jeito de arquivar tudo isso.
Eu percebi. Fez tatuagens, bebia como se não se importasse mais com nada. Não acompanhei, mas ficava sabendo. Moramos em cidade pequena, sabe qual é, tudo se espalha muito rápido...
- Mas como foi? Você está bem agora?
- Ela está noiva de outro. Acho que isso já responde as duas perguntas.
Nossa. Um cara que se diz tão forte, tão senhor da razão, deprimido por amor - ou falta de - dor essa que eu sinto sem ao menos ter motivos aparentes. Já ele tem todos. Eu o entendo. Mas acho que não é a hora de perguntar, mesmo querendo saber. A ferida ainda está aberta, sinto que a cabeça dele está pulsando, imagina por dentro...
- O tempo cura.
Não consegui falar mais nada.
- Quer outra cerveja?


***

sexta-feira, 1 de julho de 2011

MOVA

Com dezoito anos eu já me enxergo escravizada com boletos da Universidade, acordo presa ao meu emprego de merda, que eu preciso para conseguir contruir um futuro qual eu sempre quis. Olho para o lado e vejo "colegas" discutindo a balada do final de semana, o que vão beber, pra onde vão viajar nas férias... Confesso que só enxergo futilidade. Pessoal reclama da vida, mas estuda na mesmo bairro, trabalha menos de 6h diárias, não paga a faculdade, faz da vida uma grande festa, mas continua reclamando. Tem pai e mãe, casa grande, dinheirinho debaixo do travesseiro pra comprar celular de última geração e tomar cerveja no barzinho da Goiás. Entra nas redes sociais xingando os professores e anunciando a câmera que comprou, faz um portfólio e vira "fotográfo". Reclama do papaizinho que não deu dinheiro pra ir pro exterior, reclama que tem que trabalhar Segunda-Feira, mas uma vez por semana vai fazer cursinho e não precisa ir para a empresa. Compra notebook e twitta de iPad. Enfia a mensalidade no rabo e enche a boca pra falar mal de quem mora no subúrbio. Mas vocês sabem, né... A vida dessa galera é muito difícil.
Mova sua nova TV. A comida sem gosto. Sua pilha de contas. Mova. Mova.




Status. Hoje a única coisa que vale a pena. No meio dos jovens, encontrei um mundo qual eu não imaginava existir, onde a educação já não é mais necessária, o dinheiro, as roupas, o corte de cabelo, comer a colega de trabalho - isso sim é ser alguém, é ter "fama", ter o letreiro na testa denominado STATUS. Que se foda a educação, os estudos, o esforço cotidiano que eu faço pra ter um futuro onde eu possa desfrutar da minha liberdade. Isso não interessa mais!!! Hoje o que conta é cartão de crédito na carteira, compras e mais compras. Encher a cara de uísque doze anos e cospir na cara de um trabalhador que fica até tarde numa fábrica qualquer pra poder comprar leite pros filhos. Hoje o legal é ser puta, é ter peito e bunda. Inteligência não conta, cala a boca e sorria pra fazer social, vamos lá... Querem o seu corpo, sua escravidão, sua alma não vale de nada, é lixo, virou pó.
Mova o sistema falido. A fome nas ruas. O valor esquecido. Mova. Mova.




"Quem aí já teve vontade de sair na rua pra protestar sobre qualquer coisa, mas teve medo de apanhar da polícia?" - Quando um rapaz do meu Facebook postou isso, me veio muita coisa na cabeça.
Eu realmente já tive vontade de protestar, mas será que é seguro? Quem garante eu não não vou presa como uma qualquer e vou ficar numa cela "diferenciada" por ter curso universitário? A gente vê nos noticiários que na França ou outros países da Europa, o povo vence o goverso assim: Saindo na rua pra reivindicar os direitos. E a gente aqui no Brasil, faz o quê? Senta e chora. A idade mínima pra se aposentar sobe a cada novo mandato, e eu só tenho a certeza que se eu for mais uma nas estatísticas e precisar desse dinheiro que é descontado todo mês do meu pagamento, eu vou morrer antes. O salário mínimo continua mínimo e sobreviver com ele não é aceitável. Bolsa família, Vale gás, Bolsa escola... Migalhas DO NOSSO DINHEIRO que o governo repassa pra quem tem necessidade. Com isso, fazem campanha com as famílias sorrindo pra câmera e eles divulgam no "horário partidário obrigatório". O povo quer emprego, as pessoas precisam viver e não sobreviver de miséria, sendo cada vez mais escravizados pelo Estado. O Brasil só reina em democracia pelo fato de mostrar a bunda não dá cadeia nem é falta de "respeito". A manchete é casamento gay, uma vitória, claro, mas o quão deve ser realmente grave a situação pra ter destaque no Jornal Nacional?
Mova o Estado que escraviza, as leis que te sugam, a polícia assassina. Mova. Mova.




A igreja que ilude, cura as dores provisóriamente, te deixa cheio de si pra gritar aos quatro ventos o quanto seu deus é poderoso, que vocês se falam todo dia, ele te dá o caminho, uma nova vida... Acho tudo tão lindo! Já acreditei nisso tudo. Já me induziram a crer no "divino". E confesso, eu era mais feliz. Feliz por colocar a culpa nele e tudo o que acontecesse na minha vida era intervido por ele. Se eu me tinha uma prova pra fazer, só ouvia "pede pra deus", ele vai me dar as respostas, Mãe? - Carregar toda uma doutrina, toda uma história ficticia que qualquer pessoa de bom senso ao ler a bíblia consegue distinguir o quão fantasioso é esse mundo religioso... Mas o que acontece ao decorrer de todos esses anos? É muito mais cômodo acreditar no que dizem do que buscar a sua verdade. Colocar tudo nas costas de deus e se livrar de toda a culpa, é muito mais digno, vamos combinar... Temos padres, pastores, com Cielo nas mãos prontos para nosso cartão de débito, afinal, o dízimo é sagrado!!! É tudo pro bolso de deus, pra aumentar a igreja, pra fazer doação, PRA LIVRAR SUA MALDITA ALMA DO INFERNO.
Quem nunca comprou um tijolinho no céu?
Mova todo desencanto, o pai, o filho e o espírito santo. Mova. Mova.




Os trechos em vermelho, são de uma música do Dance Of Days, que eu sou fã enlouquecida, encaixaram perfeitamente - e serviram de inspiração - para o post de hoje.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Falo sério, não nasci para o tédio!

Eu queria saber de onde eu vim, pra onde eu vou, qual é o prosósito da vida em si... Queria saber de tudo, na verdade. TUDO se delimita nas minhas dúvidas, angústias e medos. Se eu soubesse todas as respostas que procuro, seria corajosa, grande e de peito cheio, pra poder gritar enfim, tudo aquilo que me prende a garganta. Mas como não dá, eu vou vivendo nessa grande incógnita, sem saber de muita coisa...
Como o Rodrigo disse na postagem abaixo, eu sou assim mesmo, bem guardada, com tudo rodando dentro de mim, poucos sabem a goteira que está virando poça em cima da minha cabeça...
Mas sei que tá tudo ainda tão recente, como diria minha avó "você está começando a vida agora" e sabe, tenho tantos problemas que poderia fingir demência e viver de brisa, mas não... Por mais difícil que seja, prefiro encarar de frente. Bato no peito! Enfrento um dragão por dia, me estresso com tanta coisa, tanta bobagem que cai nas minhas costas... Como a Jessi postou hoje, no Sabedoria Efêmera sobre emprego e ambiente de trabalho, passamos pela mesma situação. Desconforto que causa desânimo, que vira mau humor e o que acarreta em vontade de desistir de tudo. Confesso, que todos os dias eu tenho que me lembrar que sou forte, que vou conseguir, mas a vontade de chutar tudo e ir embora, viver da forma que eu sempre quis e tenho vontade grita muito alto.
Mas aí: Preciso do emprego pra pagar as dívidas e o emprego precisa de mim.
Necessito concluir a graduação pra poder enfim viver de Jornalismo e nunca mais precisar enfrentar um Departamento Pessoal na vida! Poucos sabem o quanto eu odeio Administração e Negócios - olha só que ironia, né?
Enquanto Jesus não volta pra me salvar, eu continuo vindo trabalhar e aguentando essas picuinhas de Segunda a Sexta, sem problema. Entre um show e outro, uma crise e outra, eu vou sobrevivendo e vindo aqui reclamar da vida.... Quem sabe um dia eu não a desvendo, não é mesmo?




Pode ser que eu esteja envelhecendo.
Mas eu quero mais.
Quero paz.
Quero viver bem mais.
Gostar de mim.
Simples assim: bem mais.

Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar. ♫

Player: Falo Sério Não Nasci Para o Tédio

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quer mesmo saber?

Você tem dentro de si uma raiva, uma inquietação com tudo aquilo que por anos te disseram que estava certo, mas no fundo você acha errado. Pratica certos atos sociais para fazer média (como todo mundo faz) mas por dentro tem um programinha rodando no qual você disseca a tudo e a todos, analisando um por um, fazendo sua verdadeira opinião.

Tem uma força de personalidade pra bater de frente com qualquer um se você quiser, mas muitas vezes se cala por não se conhecer o suficiente na prática de conflito, por não saber até onde você pode ir e por ter medo de ir longe demais.

E essa força, falando agora do feminino em si, pra equilibrar o seu universo interno, pede um momento em que você possa ser o contrário e ser apenas "mulher" e não toda essa personalidade forte.



Eu, por Rodrigo Oliveira, the digital boy.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

I try to hold on.

Você conhece aquela tortura chinesa da gota d'água? Funciona assim: Você amarra alguém e coloca debaixo de uma goteira com a água pingando na cabeça dela. No início, só incomoda, mas a medida em que os dias passam, tudo se torna insuportável. A frequencia com que as gotas caem sempre exatamente no mesmo lugar, com o passar do tempo começa a nascer uma ferida. Então, essa é a história da minha vida. Ela se resume em: As mesmas coisas acontecendo repetidamente até que eu não aguento mais e começo a me machucar de verdade. É quando as pessoas olham e acham graça, porque a rigor é só uma goteira, é apenas água, não deveria causar tanto transtorno...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Não, não sou um pote vazio pra você encher de lixo.

Morrer dormindo não é bom. Eu queria morrer, sabendo que ia morrer, do que ia morrer e com um flash de 7 segundos de todos os momentos que tive e que não me arrependo. Só quero que não doa. Quero que o Sol tire um dia de luto por mim e que as nuvens chorem minha falta, porque eu reparo nelas e muitos outros não. Quero que seja ao anoitecer ou no amanhecer para que eu possa me despedir da noite e do dia ao mesmo tempo. Quero que seja suave como a queda da folha de uma árvore até o solo. O depois? Não penso nele. Tenho medo do futuro. Se vão me jogar no rio ou me enterrar bem bonitinho, pouco me importa. Seria um cadáver, sem o que há de mais importante, uma alma para ocupa-lo. Serei um peso, um objeto, algo a ser transportado do ponto A ao ponto B.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Faça sua raiva derrubar os muros

Eu sou assim mesmo. Ora frio, ora quente. Não consigo manter a mesma aparencia. Mas há tempos falta alguma coisa, ou será que eu me deixei levar? Não acredito em deus, em fé, em religião, em macumba, ou qualquer outra "divindade". Gosto de Dance Of Days, de Rancore. Ouço, meu coração aperta e eu choro na fila do supermercado... Não tenho vergonha de quem sou. Mesmo que sempre tenha alguém infeliz com as maneiras de como as coisas vão indo.


Já mudei tantas coisas em mim, venho me adaptando a mim mesma, há mais de dois anos. Confesso que não achei que seria tão difícil... Manias, gestos, palavras. E tudo isso pra quê? Para uma pessoa, que talvez - lê-se com certeza - não mereça. De todos os risos, o que mais esbocei foram lágrimas. De toda felicidade prometida, o que mais meu coração sentiu foi dor, raiva, angústia, tristeza. E como sentir um turbilhão dentro de você mesmo e sequer poder colocar pra fora? "Talvez seja mais peso do que eu possa suportar em qualquer lugar, tentando fingir que não sou eu" - E eu não quero mais carregar o mundo todo em minhas costas.

Eu estou cansada de me sentir cansada. Vejo que por mais que eu tente, as coisas/pessoas não mudarão. A minha dor serve de espetáculo pra muita gente, e esse sorriso que eu carrego é simbolismo de deboche. Eu não vou mais me importar, do mesmo jeito que eu consegui colocar certas coisas nos eixos, eu vou abortar o trem. Não há mais força, não há mais sorriso que se prenda ao meu rosto. Não consigo mais ter peito pra enfrentar toda essa dor gratuita que eu venho sofrendo, essas balas de vitória atiradas sobre mim, a fim de me derrubar, eu sou forte o bastante pra entregar os pontos. É isso que as pessoas querem de mim, ver a minha dor escancarada, vomitada por mim, no meio de todos pra que possam lembrar e encher a boca pra falar o quanto eu errei, o quanto lindo foi o meu fracasso.


Podem me prender, me crucifiquem. Venham, venham todos! O show vai começar! Coloquem a coroa de espinhos, perfurem minhas mãos com pregos! Venham, venham!

 

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